quarta-feira, 26 de março de 2008

APPLE no Brasil, e outras amenidades...

Hoje de manhã ouvi no rádio sobre a chegada oficial da apple no brasil. Para muita gente isso deve ser notícia velha. paciência. parece que vão abrir uma loha no RJ e outra conceitual em sampa. Lá voce pode experimentar todos os produtos e coisa e tal.
Agora, vamos lá. Qual é a grande vantagem de se ter um IPOD hoje? 5 anos atrás era o máximo, você era formador de opiniao e tal. agora você é mais um. Se quer gastar os tubos com isso, por que não compra um celular caprichado, que além de tocar as músicas igualzinho, ainda tem câmera e até FALA?
E não me venham falar de IPHONE, porque esse aí só tem mais propaganda que o outro, pois todos que usam falam que é melhor só usar como IPOD mesmo........
Tenha seu próprio estilo, ouça sua música do seu jeito. Ter IPOD já foi cult, hoje é só POP.........
Beijos e abraços e muita VIBE

segunda-feira, 24 de março de 2008

domingo, 23 de março de 2008

SET LIST MAIO DE 2004 – BALADA DA COMISSÃO DE FORMATURA

SET LIST MAIO DE 2004 – BALADA DA COMISSÃO DE FORMATURA –
SET 01/2004




NOME DA MÚSCA
NOME DO ARTISTA
DURAÇÃO
01
I can´t get you out of my head – remix
Kylie minogue X New order
4:03
02
Domino dancing
Pet shop boyes
4:17
Bizarre love triangle
New Order
3:50
04
Like a prayer – radio edit
Madonna/Madhouse remix
3:34
05
I will survive
Gloria Gaynor
3:13
06
YMCA
Village People
4:48
07
It´s raining men
Geri Halliwel
4:15
08
Don´t talk just kiss
Right Said Fred
3:12
09
Sex Bomb
Tom Jones
3:53
10
Save up your tears
Cher – remix
4:50
11
Come into my life
Gala
3:24
12
Sexy Eyes
Whigfield
4:03
13
Total Eclipse of the heart
Nikki French
3:51
14
Automatic Lover
D Dee Jackson
4:18
15
I finally found someone
Bryan Adams e Cher – remix
4:22
16
Vision of Love
La bouche
3:56
17
Boom Boom Boom
Vengaboys
3:24
18
Hey ya
Outkast
4:08
19
I got what you need
EVE
3:54
20
Jenny from the block
J-LO
2:49
21
Where´s the love
Black Eyed Peas
3:47
22
P.I.M.P.
50 cent
4:11
23
Baby Boy
Beyoncee
3:48
24
What´s Love
Ashanti
4:27
25
Crazy in Love
Beyoncee
4:08

sábado, 22 de março de 2008

Eric Clapton: Autobiografia

Clapton é Deus.
Essa frase pode parecer um pouco exagerada a princípio. Mas sem dúvida é uma das alegações (???) mais interessantes já feitas a respeito desse músico, marco de sua geração, formador de opinião musical, onipresente na cena artística nas décadas de 60, 70, 80, 90 e 2000.
Sempre fui fan incondicional dele. Costumava brincar que o sinal da cruz musical deveria ser: Em nome de Clapton, de Knopfler, de Freddy Mercury, amén. Desses, minha grande triste é nunca ter visto um show de Fred Mercury. Mas também pudera, pois faleceu de Aids quando eu ainda tinha 9 anos. Não é sobre isso a coluna de hoje, mas é Freddy Mercury merece todos tributos que puderem ser feitos, até os mais insignificantes como esse.
Nesse natal de 2007, ganhei o livro de presente, a autobiografia de Clapton. Gosto muito de ler, gosto muito de música. Esse parecia ser o presente perfeito. E era mesmo. Na autobiografia, Clapton segue um registro razoavelmente cronológico de sua vida, acentuando as passagens mais marcantes, seja para seu público cativo, seja para sí mesmo. E consegue cativar, emocionar e levar os leitores a se divertir muito.
Bem no começo, é delicioso ler sua narrativa sobre uma bandinha que começava a tocar num pub, uma bandinha de garagem chamada Rolling Stones. E saber que ele substituia um tal de Jagger sempre que este ficava com dor de garganta e não podia cantar. É interessante ver um grande ícone da música relatando quem eram seus grandes ícones, e demonstrando sua aversão ao trabalho de uma boy band chamada Beatles, que ia contra tudo que o rock pregava.
Mais para frente, podemos ler sobre sua insegurança, sobre base familiar deficiente, suas repressões mais íntimas. E ver que grandes homens tem grandes falhas. E em alguns casos, especialmente este, é dessas falhas que se tira força e inspiração para criar.
Até a parte de seus relacionamentos amorosos é curiosa: Patty Boyd, sua grande paixão, que era esposa de seu melhor amigo, George Harrison, para quem ele compôs músicas eternas como LAYLA. E saber que ele ficou com ela, não perdeu o amigo e ainda criou obras inesquecíveis. Sem contar Carla Bruni, antiga namorada que ele perdeu para Mick Jagger e que hoje é primeira dama da frança: isso sim é escalada social.
Mas o legal mesmo é ler sobre música: sobre parcerias com Dylan, Knopfler, Steve Ray, BB KING, entre tantos outros; ver sua afinidade com gênios como Hendrix e Harrison; e seu distanciamento em relação a Lennon. Ver como ele nasceu no Blues e transitou pelo Rock, admirando Muddy Waters, gravando Marley, participando de festivais mundo afora. Ver a composição de bandas como CREAM, Travelling Wailers, Derek and the Dominos. Sentir sua apreciação pelas guitarras poderosas e clássicas.
Durante o livro, fica clara a correlação existente entre as diversas fases de sua vida com suas diversas etapas musicais. Nunca um artista foi tão autobiográfico em suas composições. Layla sobre sua paixão platônica, wonderfull tonight quando essa paixão se realiza, journey man em suas jornadas de fuga e conhecimento, cocaine em seu vício, e por fim, a mais tocante e curta passagem do livro: Tears in Heaven, sobre a morte de seu filho Connor, de 4 anos, em um trágico acidente.
E a cola para frustrações, inseguranças, tragédias, vícios, amores e viagens é sempre a música. Música que se torna a salvação do homem em seus momentos mais escuros. Música que se torna a luz que permite a sobrevivência. Música que redime seus pecados e vícios. Música que lhe rende o apelido de Deus, pichado nos muros de longe e que ao que parece ser o momento de sua maior conquista, música que o transforma em um homem, feliz, realizado, e em paz.
Para quem gosta de biografias, um prato cheio. Para quem gosta de rock, um livro de referências. E para quem gosta de Clapton, uma obrigação.
Boa leitura, beijos e abraços.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Envelheço na cidade

Queridos leitores, esse post era para ter sido escrito e publicado ontem, quando foi meu niver. mas tava tao acabado dos festejos, que nem deu para aparecer por aqui...hehehe
De qualquer forma, queria escrever sobre uma mania minha, ligada À música, claro.
Aos 15 anos, conheci a música ENVELHEÇO NA CIDADE, do IRA! e me identifiquei muito com ela. Não sei se era por ser adolescente, ou por sentir que aquela música fazia muito mais sentido para mim do que parabens para voce. Então, a partir dali, todos os anos, sempre no dia 18 de março, eu colocava para mim mesmo, fosse em fita k7, cd, dvd ou mp3 essa música. Era a minha forma de refletir sobre meu niver. E esse ano fui ouvindo no carro, a caminho do trabalho. E ao passar no shopping, tocava em uma loja. Realmente, é meu parabens para voce. Fica aqui a curiosidade e a letra, retirada do site do terra. Beijos e abraços

Envelheço na Cidade

Ira!

Composição: Edgard Scandurra

Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade...

Essa vida é jogo rápidoPara mim ou prá você
Mais um ano que se passaEu não sei o que fazer...
Juventude se abraça
Faz de tudo prá esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou prá você...

Feliz aniversário
Envelheço na cidade...(3x)

Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não os sinto, não os tenho
Mais um ano sem você...

As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém...

Juventude se abraça
Faz de tudo prá esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou prá você...

Feliz aniversárioEnvelheço na cidade...(3x)
Feliz aniversário!Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá...Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá...

Juventude se abraça
Faz de tudo prá esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou prá você...

Feliz aniversárioEnvelheço na cidade...(4x)

agradecimento aos visitantes

Gostaria de agradecer minhas visitas internacionais.....

qual não foi minha surpresa ao ver visitantes dos seguintes PAÍSES:

-EUA
-Espanha
- Mexico
-Turquia
-Canada
- Alemanha
-India
-Holanda
-Inglaterra
-Singapura
-Argentina
-Taiwan
-Suécia

e é claro, o campeão

BRASIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIILLLLLLLLLLL

segunda-feira, 17 de março de 2008

Engenheiros do Hawaii: Acustico MTV 2

Antes de mais nada, queridos leitores, devo avisá-los que sou fan de carteirinha dos Enghaw! E digo isso literalmente. Esses dias achei minha carteirinha de sócio do fan club A FIM DE SOBREVIVER. E sobrevivi.



Tenho TODOS os álbuns deles em cd originais, ou remasteirizados. E gosto muito de todos eles, tirando o SIMPLES DE CORAÇÃO, que tem uma faixa boa e o resto merece o lixo.



Pois é, após o sucesso do Acustico MTV, que lançou holofotes à banda, até então esquecida pelos não fans, eles resolveram gravar o ACUSTICO 2. Como meu niver chegava (sim, 18 de março) um amigo perguntou que cd eu gostaria de ganhar e falei sem pensar ENGHAW.



Parece um cd experimental. Poucos clássicos, levemente trabalhados e várias músicas desconhecidas para mim. Se não aborrecem, também não empolgam. E esse é seu pecado. Seja quente ou seja fria, mas seja morno e te vomito. Assim já dizia a bíblia. O grande mal é que não cai naquela vala borbulhante da polêmica, mas tampém não atinge os picos do lirismo sinestésico que marca as grandes baladas da banda de Humberto Gessinger. Ou a banda do loirão, como chamam meus amigos que a criticam.



Sinto escrever tão pouco. mas foi esse pouco que o cd me causou.......uma pena.

música do dia? Em homenagem ao clima de sampa, Chove Chuva!

domingo, 16 de março de 2008

comentarios......

Queridos leitores, aproveitando:

Comentarios só serão postados se o leitor se identificar. os que foram sem identificação é pq sei quem postou.

Essa nova regra esta sendo criada depois do bando de xingamento que recebi por causa das críticas da pseudo-musica: danca do creu.

detalhe interessante: parece que quem ouve isso até sabe ler e escrever. surpreendente.......

sábado, 15 de março de 2008

Discotecagem e festa no vira-lata


Desenhado pela minha querida Amiga Ana, o convite para a festa dos meus 26 anos, na qual também dei o som. uma festa para lembrar......

terça-feira, 11 de março de 2008

dança do créu

prometi ao meu amigo RAFALEE que faria uma postagem sobre a DANÇA DO CRÉU

para mim, promessa é dívida:

DANÇA DO CRÉU NÃO É MÚSICA, NÃO TEM NADA A VER COM MÚSICA, É A ANTÍTESE DA MÚSICA, E É A MAIOR EXPLORAÇÃO QUE SE DIZ MÚSICA DESDE "A NAMORADA - CARLINHOS BROW". Como esse é um blog de música, não sairei do tema para não desvirtuar esse blog.

ps: mulher melancia? o que nós viramos? tietes com uma bad tryp de ácido ingerido nos tempos de carlos miele? SE eu quiser ver algo desqualificado com mulhers objeto deliciosas, é só ligar no fantasia, que vence até em quesito pseudo-musical.

Fotos da estréia, em Setembro de 2004











terça-feira, 4 de março de 2008

Fim das colunas já publicadas....

Queridos Leitores:

esse é o fim das colunas já publicadas anteriormente. se gostaram e querem ler novo material, por favor me digam. enquanto isso, darei uma variada no conteúdo.

beijos e abraços,

Coluna 17: rhytmins del mundo

Caros Leitores,

Escrever sobre música é fácil. Extremamente. Difícil é escrever sobre música para um público de leitores seletivos, como aqueles que procuram esse canal e sua coluna favorita. E esse desafio, de sempre trazer algo novo, diferente do que está na sua revista semanal predileta, tem sido incrivelmente enriquecedor e gratificante.

Uma das pérolas encontradas na busca foi o atualíssimo Rhythms Del Mundo, da banda cubana Buena Vista Social Club. Embora o álbum seja do final de 2006, só há poucas semanas atingiu os círculos cult da música internacional. E por isso ganha destaque na sua Vibe Onne.

Como o nome já dá a entender, o álbum é uma inteligente e divertida mistura de ritmos e canções, viajando ao longo do tempo e da distância, percorrendo canções eternas e novos clássicos. Várias das canções, especialmente as mais recentes, trazem seus vocais originais, editados e mixados a la moda cubana, com muito swing latino. Clocks, do Coldplay, ganha uma versão totalmente dançante nos instrumentos dos talentosos cubanos. A seleção mostra seu ecletismo no sempre cool Jack Johnson, que soa como uma deliciosa balada latina para se curtir junto ao por do sol de Havana. Dancing Shoes, dos cultuados Arctic Monkeys, fica turbinado com maracas e afins, e vai bem acompanhado de um mojito bem gelado.

Nesse giro musical, até os irlandeses do U2 ganham seus ares caribenhos, com uma versão latina dançante de I still havent found what i am looking for. She Will Be Loved, do Maroon 5, Modern Ways, dos Kaiser Chiefs, Franz Ferdinand, Radiohead e One Step Too Far, da Dido completam o giro pop do disco, que segue em clássicos impagáveis, como As time goes by. Sim, a clássica música romântica que inspirou casais à sobra do eterno casal de Casablanca, ganha sua versão latina na melancólica voz de Ibraim Ferrer, líder do Bueno Vista Social Club. Porém é Killing me softly with his words que emociona tanto quanto o original, tal qual um bolero argentino, de forma a confundir os mais afoitos de tão boa que ficou a versão em espanhol.

De todas as formas, esse álbum marca a transição do Buena Vista Social Club, que sai do seu gueto caribenho e mira mais alto, no gosto da nova geração, fazendo a composição de estilos procurando provar que está apto aos novos tempos e novos desafios, tal qual o cultuado Supernatural, que transformou o virtuoso guitarrista Carlos Santana em estrela pop internacional. Que a mesma sorte acometa os excelentes músicos cubanos. Muita VIBE e até a próxima.

VIBE HINTS: Ainda nos ecos do SPFW, coloque seu DJ favorito para tocar no seu iPod. Uma boa pedida é Mocean Worker, ou mesmo a trilha sonora do Diabo Veste Prada.

Coluna 16: Como se Fazer um bom CD?

Coluna 16 – Como se Fazer um bom CD?

Caros leitores,

Após um chuvoso feriado de ano novo, 2007 começa prometendo muito na TV, no Cinema, na Política e, é claro, na música. E nada melhor do que acompanhar as novas tendências musicais do que carregar as suas músicas favoritas junto.

Apesar das inovações digitais, nada é mais divertido do que gravar um CD para te acompanhar. Só que gravar um CD é verdadeiramente uma arte, além de um prazer. O filme Alta Fidelidade, adaptação do romance cool escrito por Nick Hornby, traz, durante toda sua exibição, dicas de como se gravar uma boa Fita (k-7, coisa pré-histórica, eu sei). Porém, ainda que as mídias de gravação tenham mudado, as regras não. E como diz o protagonista Rob Gordon: Há muitas regras. Como esse filme, bem como toda ideologia por trás dele (e a trilha sonora de arrebentar) tem feito parte da minha vida musical, antes mesmo de ser DJ, achei que este era um bom tema para começo de ano.

As músicas conversam entre si. Uma música chama a outra. Seja pela letra, seja pela batida, tanto semelhança quanto oposição fazem uma música chamar a outra. Como na vida, não há necessariamente o casal perfeito e sim muitos casais bons, possíveis, interessantes. E nada melhor para facilitar essa conversa do que escolher um tema central, um mote, um traço em comum entre todas as músicas. Ás vezes o tema é obvio (Black Music), ás vezes o mote é a língua ou uma época, ás vezes o traço em comum é meramente subjetivo (Minha viagem de Reveillon). Porém é fundamental para um bom CD que as músicas tenham algo em comum.

Uma dica legal é separar tudo em um diretório, geralmente uma quantidade de músicas superior à quantidade de músicas que vai caber no CD. É sempre bom contar com algumas a mais para poder ter maior poder de seleção, e não precisar empurrar uma música que já não faça sentido nenhum. Antes da seleção, ouça todas, pode ser um trecho, pode ser inteira, depende da sua familiaridade com cada música. Agora ouça de novo, só o início e o final, 15 segundos mais ou menos, que serão aqueles preciosos segundos em que uma música vai chamar a outra. Pronto, pode começar a seleção.

Comece por uma boa música, ainda não a sua melhor, mas uma para deixar com água na boca. Ela será seu alicerce, tem que agradar, senão EJECT. Escolhida ela, visualize seu CD como um gráfico. Será uma reta de 45º, um desenho montanhoso ou uma parábola? Seja qual for a resposta, escolha a próxima música para fazer o seu desenho. Para puxar o ritmo para cima, desacelerar um pouco ou manter a pegada. Aí que o bom ouvido faz a diferença. DJs e produtores musicais vivem disso. Por que não você?

Últimas dicas, regras minhas: não colocar duas músicas de um mesmo grupo; prestar muita atenção quando misturar idiomas, sempre com ritmos parecidos; não superar 20 músicas e alternar vocais masculinos e femininos. Boas gravações, muita VIBE e até a próxima.


Vibe Hints: Aproveitando a deixa do show do Coldplay no Brasil, a música Clocks foi eleita a melhor música britânica de todos os tempos. E para celebrar essa premiação, nada melhor do que ouvi-la. Dica: Baixem a versão do Buena Vista Social Club, uma nova e irreverente leitura dessa tão celebrada música.

Coluna 15 – Os 50 melhores álbuns do ano eleitos pela New Musical Express

Coluna 15 – Os 50 melhores álbuns do ano eleitos pela New Musical Express

Antenados Leitores e Leitoras, a coluna dessa semana será diferente das anteriores. Como no fim do ano vem chegando aquele sentimento de balanço do que foi o ano, de retrospectiva, sua coluna favorita resolveu entrar no clima e trazer a mais recente seleção dos melhores álbuns, dessa vez realizada pela revista britânica New Musical Express.
A conceituada publicação trouxe algumas surpresas, como os tupiniquins do Cansei de Ser Sexy na surpreendente 5ª posição, e outros favoritos, merecendo destaque o troféu de ouro para Arctic Monkeys, que os leitores sabem ter sido a primeira coluna, e só confirma que o leitor sempre estará bem informado e por dentro do que é ou será sucesso.
Destaque negativo para o excesso de ONE HIT BANDS (as eternas bandas de um sucesso só), como Gnarls Barkley (alguém conhece alguma outra que não a batida Crazy?).
Outro ponto negativo foi deixar o eterno Dylan lá na rabeira da lista. Merecidamente, Panic at the Disco ganhou um lugar de destaque, pois inova, ainda que no ramo teen/tween. Outras presenças que agradaram à essa coluna: Strokes, The Killers, The Yeah Yeah Yeahs, Morrisey, além de The Kooks. Foi triste a ausência de Rock and Roll is Dead, dos suecos HELLACOPTERS, porém devemos celebrar a ausência de James Blunt, o qual se tivesse sido incluído, essa retrospectiva teria sido baseada em outra publicação.
Muita VIBE a todos e até a próxima. Segue a lista:

1 - Arctic Monkeys - Whatever People Say I Am That's What I'm Not
2 - Yeah Yeah Yeahs - Show Your Bones
3 - Muse - Black Holes And Revelations
4 - Hot Chip - The Warning
5 - CSS - Cansei De Ser Sexy
6 - Gnarls Barkley - St Elsewhere
7 - Long Blondes - Someone To Drive You Home
8 - The Strokes - First Impressions Of Earth
9 - Kasabian - Empire
10 - My Chemical Romance - The Black Parade
11 - Howling Bells - Howling Bells
12 - The Killers - Sam's Town
13 - Panic! At The Disco - A Fever You Can't Sweat Out
14 - TV On The Radio - Return To Cookie Moutain
15 - Thom Yorke - The Eraser
16 - Amy Winehouse - Back To Black
17 - The Futureheads - News And Tributes
18 - The Rapture - Pieces Of The People We Love
19 - The Longcut - A Call And Response
20 - The Streets - The Hardest Way To Make An Easy Living
21 - The Raconteurs - Broken Boy Soldiers
22 - The Flaming Lips - At War With The Mystics
23 - The Knife - Silent Shout
24 - The Secret Machines - Ten Silver Drops
25 - Mogwai - Mr Beast
26 - Jarvis - Jarvis
27 - Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah
28 - Morrissey - Ringleader Of The Tormentors
29 - The Spinto Band - Nice And Nicely Done
30 - Cat Power - The Greatest
31 - The Sunshine Underground - Raise The Alarm
32 - Lily Allen - Alright, Still
33 - The Bronx - The Bronx
34 - Albert Hammond Jr - Yours To Keep
35 - Forward Russia - Give Me A Wall
36 - Datarock - Datarock
37 - Be Your Own Pet - Be Your Own Pet
38 - Metric - Live It Out
39 - The Young Knives - Voices Of Animals And Men
40 - Midlake - The Trials Of Van Occupanther
41 - The Gossip - Standing In The Way Of Control
42 - The Automatic - Not Accepted Anywhere
43 - Beck - The Information
44 - Isobel Campbell & Mark Lanegan - Ballad Of The Broken Seas
45 - Bob Dylan - Modern Times
46 - Semi Finalists - Semi Finalists
47 - Wolfmother - Wolfmother
48 - Get Cape Wear Cape Fly - The Chronicles Of A Bohemian Teenager
49 - Absentee - Schmotime
50 - The Kooks - Inside In/Inside Out



Vibe Hints: Se querem ficar tranqüilos, a dica dentro da lista é First Impressions on Earth, do Strokes. Se querem matar as saudades da era punk, The Yeah Yeahs é a pedida, e se querem recuperar o espírito teen (smells like a teen spirit, para as viúvas de Kobain), a dica é Panic at The Disco!

Coluna 14: Project Revolution – Linkin Park

Project Revolution – Linkin Park

Linkin Park, que foi a forma definitiva de se escrever Lincoln Park, é uma banda americana de muita identidade e sucessos marcantes. Digo é, no presente, porque a banda não morreu, transcendeu. Atingiu um outro patamar, se afastando da atenção da grande mídia para repensar seus caminhos, e, em estúdio, começar a gravar seus novos trabalhos.

Muito se disse sobre a dissolução da banda, especialmente quando a spin over Fort Minor ganhou as paradas de sucessos internacionais. Mas haviam indícios de que a banda ainda não havia entregado os pontos, pois o site continuava ativo, com mensagens de apoio à “banda filhote”, inclusive trazendo a informação de que a banda estava gravando.

A banda de rock mais eclética de todos os tempos ousou novamente, não contente com suas letras e batidas já importadas do HIP HOP, que acabaram no casamento com o rapper JAY-Z, a boa música ainda precisava ser mais experimentada, mais malhada, mais trabalhada.

E eis que surge PROJECT REVOLUTION, novíssimo álbum da banda que traz seus grandes sucessos em roupagens inusitadas, tais como versões instrumentais, club, techno, dance, todas totalmente remixadas, com um banho de produção bem feita, trabalhos bem acabados e extremamente interessantes. In The End acaba sendo a maior cobaia do projeto, revolucionada em 3 versões uma melhor do que a outra, para alegria dos DJs.

Alguns poderiam argumentar que é mais do mesmo. Não é. É o novo. De novo. É Linkin Park para ser tocado em baladas, recepções, ouso dizer recitais. Para os fãs, é a prova cabal da continuidade da banda, pois o trabalho conta até com uma faixa nova, indício de que vem coisa boa por aí. A adrenalina corre na veia como a primeira vez que se ouve a banda, a mesma VIBE, a mesma emoção. Até a próxima.

Vibe Hints: Com o natal se aproximando, inove. De um play em Crazy Frog- Crazy Hits, que traz suas versões natalinas. Mas não se esqueça nunca do eterno Sinatra.

Coluna 13: Show do Black Eyed Peas, Arena Skol, 11/11/2006

Coluna Especial – Show do Black Eyed Peas, Arena Skol, 11/11/2006

O ano de 2006 foi, talvez, o maior ano em termos de shows internacionais, como nunca se viu em terras tupiniquins. O ano todo foi repleto de atrações internacionais, de todas as linhas e estilos, para delírio dos fans e dos promoters. Para citar alguns: U2, Rollings Stones, Underworld, New Order, Jamie Cullum, G3, Fat Boy Slim, Franz Ferdinand, Cardigans, Daft Punk, Bob Sinclair, The Yeah Yeahs, Beastie Boys, Simple Plan, The Cult, o habituitee B.B. King, Patti Smith, Jamiroquai, Ziggy Marley, Deep Purple... enfim, a lista parece não acabar.

Talvez isso justifique o pouco alarde dado à vinda da banda americana Black Eyed Peas em sua segunda passagem no país, uma vez que se viu pouca mídia, e comprar ingressos foi uma facilidade (5 minutos na fila do pacaembu, por causa de um jogo do dia), o extremo oposto da batalha caótica do show do U2 por ingressos.

Uma noite fria em novembro, Negra Li abrindo o show, dando a impressão que seria dado um foco totalmente Black Music ao evento, famílias reunidas, muitos casais, famosos de plantão e o show começa as 22:40.

Começando morno, o show ganha contornos de evento pop após 3 músicas, com o primeiro hit, SHUT UP, que logo anima o público, com direito à uma atuação canastrona da Fergie na música, com a mesma executando acrobacias, com estrelas de uma mão segurando o microfone na outra, para delírio dos fãs.

O que era para ser um show pop, no entanto, foi se transformando em um show de boa música, eclética, quebrando os paradigmas de black music, com momentos rock (sweet child of mine, surpreendente na voz e atuação da Fergie, solo), world music (com uma musica filipina), jazz (solo de trrumpete), saudosista (uma adaptação de hotel califórnia), e muita energia o tempo todo.

Os próprios hits da banda (todos tocados, incluindo o disco solo da Fergie) vieram acompanhados de improvisos e interpretações, enriquecendo o show e superando as expectativas de muitos, inclusive do seu colunista de plantão, impressionado com a genialidade de Will.I.Am, com a beleza e voz potente da Fergie (as reboladas em My Humps deixaram os homens exalando testosterona), e a energia e musicalidade dançante de todos.

A noite ainda foi coroada por uma constante declaração de amor à São Paulo e ao Brasil, com citações em diversas músicas, mote das declarações on stage dos membros da banda e inclusive na letra improvisada em Hotel Califórnia, quando eles disseram que um dia se mudam para Brasil, e para São Paulo, não para o Rio, para delírio dos paulistanos.

Enfim, muito mais VIBE e muito menos comercial do que se imaginava, quebrando preconceitos e mostrando que o pop pode sim, ser berço e lar de músicas de primeira linha. Muita VIBE a todos e até a próxima.

Coluna 12: Bob Dylan – Modern Times

Bob Dylan – Modern Times


2006 parece ser mesmo um ano de grandes retornos. Desde o retorno do Superman nos cinemas, passando pelo retorno de Peter Pan na literatura, chegando ao retorno dos monstros da música Bob Dylan e Eric Clapton. Hoje falamos de Dylan, Clapton em breve.

5 anos após ganhar o grammy com seu último álbum, Dylan retorna em grande estilo com seu Modern Times. Dylan não envelhece, Dylan não perde a pegada. A faixa 5, “Someday Baby” deixa isso claro. A maturidade do pensamento encontra o inconformismo da juventude nessa letra simplesmente genial, com uma levada blues de deixar os fãs do gênero de boca aberta.

Às vezes blues, às vezes folk, sempre rock e raramente pop, Modern Times é 100% Dylan. Longe de ser mais do mesmo, é uma compilação de belas canções com letras precisas, aperfeiçoadas nesses 5 anos de ausência.

O simples fato de não ser igual a nada anterior, mas de não deixar dúvidas quanto à sua autoria, autentica a qualidade dessa obra, que muda conceitos. Quando se pensa em Bob Dylan, imagina-se o ativista político das décadas de 60 e 70 com seu “Hurricane”, que embalou até um filme homônimo. Mas agora deve-se pensar na atualidade dos tempos modernos de Dylan, com o perdão do trocadilho, pois encara o mundo que o cerca como quem já viu e viveu demais para dar muita bola para a mediocridade reinante.

Dylan sabe tanto o que está fazendo, que produz seu próprio disco sob um pseudônimo, Jack Frost. Parece que sobra talento para uma personalidade só, tamanha é a experiência adquirida em mais de 50 anos e mais de 40 álbuns. Grandes números para uma verdadeira personalidade do mundo da música.

Ouvir Modern Times traz uma tranqüilidade à alma, cansada de trombar com os Justins Timberlakes da vida, toda essa sujeira musical sem identidade ou personalidade, fadada ao esquecimento instantâneo.

VIBE é saber viver o mundo ao seu redor à sua maneira. E Modern Times é isso, é identidade firmada em um mundo de conceitos difusos e aparências enviesadas. Muita VIBE à todos, na eterna modernidade de Dylan, e até a próxima.


VIBE HINTS: Já nas bancas o maior fenômeno editorial musical do Brasil: a revista Rolling Stone versão tupiniquim chegou querendo ficar. Vale conferir.

Coluna 11: Skank - Carrossel

Coluna 11 – Skank - Carrossel


Carrossel é um bom título para este álbum, o nono da banda mineira, uma vez que renova todo seu repertório uma vez mais. O Skank sem dúvida é a banda nacional que mais se renova a cada álbum, passando por diversos estilos, mas sempre com aquele jeitinho que consagrou os jovens mineiros, as vezes flertando com uma nova MPB, menos down, as vezes descaradamente pop.

A música de trabalho, canção número 2 do disco, “Uma canção é para isso”, já nasceu sucesso feito, seguindo a fórmula consagrada por Tanto, Garota Nacional, Mandrake e os Cubanos, Vou Deixar, Vamos Fugir, entre outras, misturando a voz agradável e reconfortante do Samuel Rosa, com o som tecnicamente sem falhas e harmonicamente simples do resto do time, especialmente o Lelo e o Henrique.

Essa é a pegada do disco todo, alternando empolgação e ritmo, sem cansar nem se repetir. O trabalho traz algumas marcas registradas da banda, como parcerias interessante com outros músicos, como o já “convidado de sempre” Arnaldo Antunes, Chico Amaral, Nando Reis, Rodrigo Leao e Cesar Mauricio, e títulos curtos e simples.

Tido como final da trilogia iniciada por Maquinarama e Cosmotron, Carrossel segue a linha nostálgica experimentada pelo grupo após sua tour européia, com algumas músicas puxando décadas como 60 e 70, a exemplo das canções 9 e 10, respectivamente Garrafas e Panorâmica.

As favoritas desta coluna são as canções Mil Acasos e Balada para João e Joana (6 e 11), pois resgatam o espírito jovial do pop rock nacional, embora não se ache nenhuma canção mais política, ou mesmo ousada de qualquer outra forma.

Ainda que docinho, o CD é uma boa pedida em tempos tão turbulentos, em que todos os lados a que se olhe apresentem tanta dor e violência.

Vale lembrar a chegada do dia das crianças, onde esse novo disco pode ser uma boa opção de presentes, para jovens de todas as idades.

Muita VIBE e não esqueçam de escolher com carinho o Set de músicas para o feriadão. E até a próxima.





VIBE HINTS: NEW ORDER também em novembro, também em sampa.

Coluna 10: O Diabo Veste Prada – Trilha sonora

Coluna 10 – O Diabo Veste Prada – Trilha sonora


A moda das trilhas sonoras teve um grande início, com “Os Embalos de Sábado a Noite”, que vendeu mais de 50 milhões de cópias. Infelizmente depois disso, as trilhas sonoras raramente refletiam o espírito dos filmes que representavam, salvo raras exceções, geralmente de composições clássicas, como John Williams (Poderoso Chefão, Superman, Star Wars, Indiana Jones, entre tantos outros).

Uma reviravolta aconteceu em meados de 90, revitalizando o gênero das trilhas sonoras, que começaram a fazer parte da experiência total do filme, prática quase de sinestesia, uma vez que a força das imagens era reforçada pelo impacto de grandes trilhas, e ai por diante. Tal prática atingiu seu ápice com a trilogia Matrix, que explorou todas as mídias possíveis para a plenitude da experiência matrix (cinema, vídeo, trilha sonora, vídeo game, anime, livros, etc).

Pois bem, tudo isso para dizer que esse colunista não via há um bom tempo, uma trilha que refletisse tão bem o espírito de um filme como O Diabo veste Prada. Mais do que trazer composições encomendadas ou personalizadas, o álbum traz várias músicas, que variam do pop, ao lounge, passando pelo rock, tais como os acessórios dos figurinos usados no filme e que chamaram tanto a atenção.

Como os acessórios, as músicas são combinadas com estilo e personalidade, criando um mix de composições que surpreendentemente reflete uma harmonia única entre artistas como Madonna, Moby, Mocean Worker, U2, Jamiroquai, Alanis Morissette, entre outros mais cults. É o velho dando vida ao novo.

Essa identidade musical reforçando o tema do filme fica evidente já na primeira faixa, com VOGUE da Madonna. Vale lembrar que esse filme é tido como um retrato da revista homônima estadunidense. A obviedade da trilha é quebrada logo na seqüência com uma banda razoavelmente desconhecida, Bittersweet, de vocal nostálgico e clima Noir. Quando o ouvinte não sabe mais o que esperara, é surpreendido pelo U2. E assim por diante.

Não restam dúvidas de que a trilha quis agradar a todos os gostos, com variedade e sofisticação. Não é cult nem pop, e sim uma bem tramada combinação de ambos, refletindo o brilho de um filme capitaneado com majestade pela Merryl Streep. Bom para uma recepção, bom para deixar no carro, esse agrada a gregos e troianos sem perder a identidade. Muita VIBE a todos e até a próxima, na sua coluna favorita.



VIBE HINTS: Bob Sinclair confirmado para novembro em sampa, no UNIQUE.

Coluna 9: Entendendo a Onda Revival

Coluna 9 – Entendendo a Onda Revival

Independente do estilo de música favorito do Leitor, a verdade é que todos já se depararam com grandes clássicos sendo re-formatados ou mesmo voltando à moda em sua roupagem original. Falamos por cima do tema quando abordamos os remixes de clássicos, mas o tema merece um carinho especial, ganhando essa nova coluna. Hoje vamos falar dos chamados Revival.

To Revival não significa nada mais nada menos do que Reviver, encerra em seu nome a sua própria definição. Traz de volta ao palco aquilo que já foi sucesso um dia. Não se trata somente de valorizar uma época, como uma forma fashion de manifestar seu gosto diferenciado. Isso é o que chamam de Vintage, se é que entendi bem o conceito. O Revival implica em toda a experiência ser revivida, trazendo de volta modas, costumes, palavras, roupas e, principalmente, a música de uma época.

Esse movimento começou a ser notado na década de 80, quando toda a força do som puro e até, digamos, inocente, de bandas como os Beattles, ganhava novamente força, e novos adeptos engrossavam as já extensas fileiras, impulsionando as carreiras solo de Paul e George, que ficaram ativos até a década de 90.

O movimento, porém, pôde ser melhor vislumbrado nos idos de 90, com a moda Disco dos anos 70 voltando com tudo. Bandas como Village People, cantores como Gloria Gaynor e Diana Ross brilhavam uma vez mais.

Agora já é perceptível a invasão dos anos 80, que voltaram à tona com as festas bregas (SP) e “plocs” (RJ), nos quais os astros viraram motivos de escracho. Além do escracho, existe a abordagem saudosista, que ressuscitou várias bandas de rock nacional, que a molecada pensa serem novas.

O Leitor provavelmente já sabe de tudo isso, mas o porquê ainda é o mais interessante. Sociólogos de plantão poderiam dizer que tais movimentos nada mais são do que apenas uma faceta da eterna alternância sócio-cultural entre reforma e contra-reforma, e que isso acontece em todos os campos, religioso, cultural, social, político, etc.

Ainda que essa seja uma explicação interessante, tendo em vista o pequeno tempo decorrido (em média 20 anos), parece que temos uma explicação bem mais simples: o jovem que ouvia na rádio (naqueles tempos era assim) um sucesso guardava na memória aquela música como sendo uma marca registrada de sua infância e juventude. Em 20 anos, esse jovem já é um profissional com sua vida encaminhada, e com condições financeiras de resgatar memórias que lhe são agradáveis, memórias de tempos mais simples e divertidos. E como toda demanda exige uma oferta, esse movimento musical cíclico acompanha essa virada de mercado, oferecendo “novos” discos, filmes, baladas e até mesmo livros.

Para o leitor VIBE, isso significa estar ligado na próxima virada, que será a dos anos 90, com o eurodance invadindo uma vez mais as pistas. Vai ser o segundo tempo das estrelas Nicky French, Desiree, Double You, Seal, Los Ladrones Sueltos, Ace of Base, entre tantos outros. Muita VIBE a todos, hoje com Bizarre Love Triangle, do New Order e amanhã com Happy Nation do Ace of Base. E até a próxima.

VIBE HINTS: Tim Festival vem aí

Coluna 8: Light House Family – Greatest Hits

Light House Family – Greatest Hits

O que é VIBE não sai de moda. É sempre atual. Sempre atual e sempre procurado. E percebi isso no ESPAÇO ONNE, com um grupo de amigos. O idealizador do projeto ONNE sempre gostou deles. E nessa roda de amigos, mais dois falaram bem. Então, como seu colunista favorito poderia não falar?

LIGHT HOUSE FAMILY – GREATEST HITS é a coletânea dos maiores sucessos dessa dupla britânica, que vem fazendo seu som desde meados da década de 90. A dupla de soul/pop, formada pelo compositor Paul Tucker e pelo cantor Tunde Baiyewu, e se consagrou no final dos anos 90, com um som que hoje se aproxima muito do lounge, praticado em casas especializadas no gênero.

O sucesso MTV Loving Every Minute, ganha roupagem quase acústica, agradando a públicos diferentes. Ocean Drive, que nomeia o single mais famoso da dupla, se destaca no início do CD, que também tem sua versão em DVD, para os aficcionados do popular casamento áudio e vídeo.

A favorita de muitos, Ain´t No Sunshine when She´s Gone, versão do clássico romântico de décadas atrás, a música ganhou seus fãs ao ser tocada em uma das mais belas cenas da comédia romântica “Um Lugar Chamado Notting Hill”, com Hugh Grant.

Considerando o álbum como um todo, o CD agrada pela harmonia de suas composições, em um som que poderia ser classificado de sereno e agradável, com alguns toques eletrônicos, antecipando o que hoje é tendência.

Vale lembrar, que apesar de ser leve e gostosa, a música da dupla consegue escapar da pieguice sentimentalista de várias bandas pop, especialmente norte-americanas, que nada acrescentam ao acervo musical. O som é relax, sem ser new age ou world music.

Dá para perceber que o chamativo é a simplicidade e o casamento das músicas, sem sobressair a virtuose musical, mas sim os arranjos melodiosos. Um som essencial para ter em casa, para som ambiente, para acompanhar um bom vinho branco levemente gelado e com descontração no ar. Ou mesmo para dirigir, quando se está curtindo a estrada, sempre com muita VIBE e sem nunca sair de moda. Até a próxima.

Coluna 7: Big Beach Boutique 2 (Fat Boy Slim) e a Cultura Rave

Big Beach Boutique 2 (Fat Boy Slim) e a Cultura Rave

Uma praia européia. Milhares de pessoas de todas as idades. Um popstar e um evento. Muitas poderiam ser as respostas. Mas só uma faz sentido. Obviamente se trata de uma RAVE, com o fenômeno FAT BOY SLIM.

Para entender o porquê de seu sucesso, o DVD/CD/EVENTO/BALADA Big Beach Boutique 2 se torna o melhor objeto de estuda. No primeiro contato com o DVD, parecia somente um DVD de música eletrônica, repetitivo e cadenciado. Nada demais. Porém, na segunda vez, seu colunista favorito estava embalado por alguns drinks. Nada ilegal, contudo. O estado semi-alcoólico foi suficiente para que um novo olhar fosse lançado sobre a obra, e que toda sua genialidade aflorasse. De repente, as músicas com suas batidas repetitivas faziam sentido, as variações de agudos arrepiavam e os cortes de edição do DVD pareciam sacadas simplesmente geniais.

Para se julgar a experiência RAVE, é necessário entrar no clima, cair de cabeça, vier toda a experiência, e não simplesmente julgar tudo do conforto da sua poltrona favorita. O Contato com a natureza parece sempre maximizar a experiência, que mexe com todos os sentidos.

E por que Big Beach Boutique 2? Simples. Uma bela praia, pessoas de todas as idades, estilos e comportamentos (até avós com seus netos, como um domingo no parque), o melhor DJ da atualidade tocando músicas de todas as tendências e influências possíveis. Aliás, ver o quanto o próprio FAT BOY SLIM está curtindo a própria balada nos faz querer estar lá, do lado, curtindo tudo que está sendo oferecido, em uma festa tocada como se estivesse sendo feita por amigos e para amigos. E assim que a música eletrônica tem que ser. Liberadora e aconchegante ao mesmo tempo. Natural e provocada. Recatada e provocante. Não é a toa que a música eletrônica é a mais democrática de todas, pois é cada um na sua. Mas sempre com muita VIBE, como a sua coluna favorita. E até a próxima.

Coluna 6: Mind Body and Soul Sessions – Joss Stone

Mind Body and Soul Sessions – Joss Stone

O primeiro contato foi através da rádio, ouvindo uma voz doce, mas intensa, carregada de sentimento e paixão. Todos que a ouvem pela primeira vez, logo imaginam uma quarentona negra de seus vários kilos a mais e seus muitos centímetros a menos.
Qual não é a surpresa quando a dona da voz se apresenta como uma loirinha branquinha, recém saída da adolescência e ainda com trejeitos de menina? Dona daquele vozeirão todo.
Pois é, JOSS STONE e toda sua energia transbordam no DVD MIND BODY AND SOUL SESSIONS, que nada mais é do que a coletânea visual e sonora de seus dois primeiros álbuns, SOUL SESSIONS e MIND BODY AND SOUL. Engenhoso trocadilho no primeiro DVD da nova musa, que entre suas canções, ao conversar com o público, parece a tímida teen britânica. Menina que só se sente à vontade para cantar se estiver descalças, causando embaraços inclusive ao quebrar o protocolo da casa branca, em uma exibição ao Presidente norte americano. Mas basta soar o primeiro acorde, para ela fechar os olhos e, cheia de Soul (em ambos os sentidos), liberar toda a emoção e intensidade que se espera de pessoas com o dobro de sua idade, no comando de um back vocal experiente e de uma banda competente e dedicada.
Talvez se precipitem aqueles que a chama de sucessora da eterna Aretha Franklin, mas a comparação chega quase a ser inevitável quando se ouve a sonora Right to be Wrong, a regular Some Kind of Wonderfull, ou mesmo o sucesso comercial Super Duper Love. Destaque para a enérgica You Had Me.
A verdade é que o DVD é imperdível, ótimo para descontrair vendo a vela musa com seus pés descalços, ou mesmo tocando de fundo em uma recepção de amigos com bom gosto. Bom gosto e muita VIBE só na sua coluna favorita. E até a próxima.

Coluna 5: Rock n Roll is dead

Rock and Roll is Dead. Nunca o título de um CD foi tão irônico quanto este ótimo álbum do grupo sueco HELLACOPTERS.
Fundados em 1994, esse grupo tem uma passagem discreta pelo rock mundial, moldados no Punk Rock Alternativo, sendo este seu sexto álbum, com certeza de traços mais comerciais, mas nem por isso menos competentes e menos ROCK AND ROLL.
Claramente o quarteto sueco mantém o rock vivo e muito, começando com a balada saudosista Before the Fall, que traz à tona dos rockeiros mais clássicos uma pegada Beach Boys inconfundível. Verdadeiro Tributo. A baladinha Monkeyboy tem cara de música que vai estourar nas rádios (especialmente se elas pararem de insistir com aquele chato do armandinho), sendo Put Out the Fire carregada de eletricidade, com um baixo que vai ficar grudado na caixa craniana. Garagem total. Os riffs ainda são marcantes, mantendo a assinatura do grupo sueco, que teve por evolução um tratamento nos vocais, antes mais ásperos, como em Toys and Flavor (rock n roll em estado puro, virginal), talvez tentando conquistar novos mercados e a geração MTV, sem se confundir com seus ídolos de barro.
O som deles tem personalidade, tem identidade, tem chance de virar história. Mudaram o estilo, confiantes no som consistente que fazem, sem medo de perderem a identidade, aproveitando para desferir uma crítica (não tão) velada às rádios que viraram as costas ao rock. A banda já esteve até no Brasil, lá pelo sul, abrindo para o Sepultura, tremenda injustiça. O Sepultura que deveria abrir show para os caras, que nos provam que a boa música há tempos já fugiu do eixo Londres – Nova Iorque, e hoje encontra morada nos lugares mais diversificados possíveis, seja no frio escandinavo, nos trópicos internacionalizados de Sérgio Mendes, seja nos dançantes mambos desse alemão com cara de brasileiro, Lou Bega.
Em Berlim ou em Bagdá, a boa música acompanhada de perto pelo seu colunista favorito, sempre com muita VIBE, só na sua coluna. E até a próxima.

Coluna 4: Jazz and the 80s

O Revival musical é um fenômeno extremamente interessante, que ultimamente tem sido sinônimo de música de danceteria, geralmente house ou trance, quando os grandes DJs remixam velhos e bons clássicos. Por isso, não é de se espantar quando os anos 80 são reformatados para ... JAZZ....sim, isso mesmo, JAZZ.
“Jazz and the 80´s” é uma grata surpresa que traz hits dos saudosos anos 80 em versões prá lá de acústicas, quase vintage, com verdadeiro show de interpretação em alguns casos, chegando no extremo de gerar a seguinte dúvida: Essa música não era assim? Should I Stay or Should I go ficou tão convincente na voz da diva de plantão que chega a causar no ouvinte a inconfessável dúvida de qual era a versão original.
O mesmo acontece com Do You Really want to hurt me?, que se transforma em uma música ideal para compartilhar uma boa garrafa de vinho, porque não um contemporâneo da música, com uma companhia melhor ainda, refletindo por breves momentos se Boy George não deveria ele mesmo ter cantado assim. A própria e singular versão de Boys Don´t Cry quase que pede um Happy Hour ou um piano Bar. Brilha também uma versão sedutora de Sweet Dreams.
É um disco digno de bons momentos e boas lembranças, mas, deve-se admitir, às vezes ser também um álbum digno de alguns risos, pois nem todas versões se saem tão bem como as citadas, como Like a Virgen.
Se o ouvinte precisa de um estímulo para ouvir Jazz, este álbum pode ser uma boa pedida, especialmente aos despretensiosos que só desejam uma boa música que traga em si uma referência. Para os saudosistas de plantão é um prato cheio. Para os curiosos, uma novidade. Para os ouvintes da coluna é tendência. Abraços, muita VIBE e até a próxima.

Coluna 3: Timeless

TimeLess – Sérgio Mendes

De tempos em tempos, algum artista, conhecido ou não, revoluciona seu próprio som, e acaba mexendo com o mundo da música. Geralmente o recurso de misturar um som originado em alguma parte do mundo a outro de forte apelo comercial traz esse resultado. Jobim cantando com Sinatra a sua Garota de Ipanema, Sérgio Mendes colocando uma ponta de samba na música dos Beatles na década de 60, e o inesquecível Supernatural de Santana, quando o Clapton latino desfia seus acordes ao lado de grandes nomes do Pop Rock mundial e outras revelações (incluindo o Clapton original).

Agora é a vez de Sérgio Mendes voltar à tona, com o já cult Timeless, onde desfia seu talento como pianista formado na nata da bossa nova com grandes nomes da cena Pop Internacional, como Justin Timberlake, Eryka Badu e, é claro, Black Eyed Peas. Aliás, a banda da maravilhosa Fergie e do talentoso Will.I.Am dá um verdadeiro show na clássica tupiniquim Mas Que Nada, esbanjando o swing da banda norte americana, magistralmente liderada pelo mestre Mendes. Ela conseguiu elevar um nome da bossa nova brasileira ao patamar de ídolo cool norte americano, merecendo até citação no filme Be Cool com John Travolta, que leva seu encontro para ver Mendes tocando com o Black Eyed Peas. Coincidência? Muito pelo contrário, tendência.

Mais que um revival, tema que merece um dia só seu, Timeless é reinvenção, releitura, renovação. Timeless é o encontro do Jovem na moda, apresentando seu Black Eyed Peas, com seu Pai, saudoso dos bons tempos da boa e velha bossa de Sérgio Mendes. E um encontro que ambos ficam maravilhados com o outro lado da cerca. É prova viva que a boa música a tudo supera, incluindo a batalha de gerações, conceitos e pré-conceitos. Se não for fanático por bossa e mpb, vale conhecer. Se for, vale se esbaldar. Tudo, é claro, com muita VIBE. E até a próxima.

Coluna 2: Por que ser DJ?

POR QUE SER DJ?

Coluna de música é sempre igual. Fala de Banda, analisa CD, comenta show, mas o leitor nunca ultrapassa essa barreira, nunca fica lado a lado com o colunista, suas idéias e suas histórias. Então, como essa é a sua coluna VIBE, hoje vamos falar das razões que levaram um advogado formado e empregado, a virar DJ e não ter abandonado a idéia até hoje, se transformando, inclusive, em seu colunista favorito. De qualquer modo, prometemos voltar às colunas de análises posteriormente.

Antes de mais nada, ser DJ não acontece por acaso. É fruto de muita paixão pela música, insistência e dedicação. BLA BLA BLA, e o que não é assim, perguntaria o leitor indignado? Vamos falar a verdade, um dia na balada lotada, você nota, sem querer, a habilidade do DJ trocar e tocas as músicas. Como ele te levou de “Total Eclipse of the Heart” para “Hey Ya!” sem você perceber? E de repente você se vê ao lado dele, e percebe que a balada gira em torno dele, que ele é o astro maior. E começa a ficar com vontade de estar do outro lado das pick-ups (banheiro limpo, assédio popular, ninguém te dando cotoveladas, etc.) e, o que é muito melhor, fazendo a galera enlouquecer com a SUA música.

Quando entra em um curso de DJ, te avisam, nunca mais será a mesma coisa ouvir música, em especial música de balada. Você sente vontade de ir em frente. E vale a pena, pois vira quase um crítico profissional dos seus agora colegas. Aprende-se a ouvir tecnicamente o som. E chega o momento em que as pick-ups finalmente são suas, você É a balada, seu sucesso e seu fracasso. Você sente na pele toda a energia, contagiando, intoxicando, reverberando. E tem que saber acalmar e incendiar a multidão. Dá medo, frio na barriga. É uma delícia. Mas cansa, como todo trabalho, como todo o esforço, pois demanda preparação, concentração, atenção.

Vale lembrar que o bom DJ raramente é notado. O DJ medíocre é notado às vezes e o DJ incompetente sempre é notado e aparece demais. Somente o DJ excepcional é notado, por seu feeeling da festa, sua habilidade de tocar as emoções da platéia utilizando-se de poesia alheia em forma de sons e sensações.

Infelizmente, o DJ é um profissional muito vaidoso, e não rara às vezes em que cai na tentação de virar estrela. E daí esquece do que o seu público sente, focando somente na sua vontade. Nessas horas que aparece o DJ anônimo e restaura a alegria do evento, sendo este preferível ao grande nome, que toca só para si. Todos já viram casos assim.

Virei DJ para trocar energia mais do que trocar discos; mixar emoções através da escolha das músicas, bem como espalhar meu gosto musical. E quando tudo isso dá certo, a sensação de bem estar é indescritível, um verdadeiro estimulante natural, vindo da música e das pessoas para quem a música está sendo tocada. Ser advogado e DJ ao mesmo tempo é mistura da loucura e da sanidade, razão e paixão. Cabe ao leitor decidir qual é qual. Muita VIBE e até a próxima.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Música e Estilo


Não adianta, caros amigos. Quem ama música, traz sempre a música junto, até nos momentos mais íntimos.
Esse é o cartaz do meu niver do ano passado, feito pela irmã de uma grande amiga. Show de bola.