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domingo, 31 de agosto de 2014

CAZUZA - PRO DIA NASCER FELIZ - A PEÇA

Sexta à noite. Rua Augusta. Ingressos para ver CAZUZA – PRO DIA NASCER FELIZ – O SHOW, em mãos. O primeiro musical em seis meses, desde wicked. E ao final da peça, uma percepção muito semelhante às reações diametralmente opostas que o garoto do rio causava em seus shows, com suas músicas e suas atuações nos palcos da vida real. Certamente longe de ser a crítica mais fácil que já fiz.

A história contada é, de longe, a parte mais interessante da peça como um todo, especialmente se compararmos com o filme homônimo de 2004. Mais subversivo, mais caótico, pinta os pais como totalmente coniventes aos caprichos de um garoto mimado que nunca enfrentou qualquer dificuldade, qualquer obstáculo, nunca ouviu um não, seja dentro ou fora de casa, até o estúdio e contrato de gravação caiu no colo. Bonito, descolado, bem resolvido em suas indecisões, Cazuza teve o mundo aos seus pés, e mãos, e boca. Fez da vida seu playground, experimentou de tudo e de todos. Foi, o que hoje seria um boy de merda, só que diferente dos outros 99,99% riquinhos endinheirados, ele tinha algo espetacular: TALENTO, SORTE, ESTRELA. E fez disso algo que sobreviveu à sua finitude. Nunca mais tivemos um letrista, compositor assim. Me chamou muita atenção o destaque dado a Ney Matogrosso, omitido descaradamente do filme, bem como uma censura muito menor à sua relação destrutiva com as drogas, sua sexualidade expansiva e sem limites. Promiscuidade seria um eufemismo para definir seu comportamento.

A peça se divide entre ascensão e declínio, com igual destaque, fugindo da solução fácil de abreviar os problemas, e glorificar todo o resto. Ponto positivo. Mas infelizmente, nem sempre execução e o planejamento estão no mesmo nível. 3 horas para uma peça assim é MUITO TEMPO. E isso evidencia as carências do elenco. Em um musical, se espera bons cantores, sendo que PRO DIA NASCER FELIZ parece ter focado suas energias em achar semelhanças físicas nos intérpretes, independente de suas habilidades musicais, que no geral, eram sofríveis, quando muito medianas. O ator principal consegue segurar as músicas, com uma caracterização muito boa, ficando o outro vocal de destaque por conta da atriz que faz a mãe de Cazuza, inclusive sendo o único vocal feminino que escapa do ridículo. Em um dueto feminino sem ela, quase me levantei e fui embora de tão medonho. Nem em karaokê vi algo tão ruim. E uma situação dessas é inadmissível em um musical.

Comparando-se com outros musicais e peças recentes na cidade, percebe-se que o valor de 160 reais fica muito elevado pela contrapartida que se tem – um musical onde não se canta bem, em um teatro que já viu dias melhores. Parece que pagamos um ágio por querer ter diversão e cultura no Brasil, e isso porque do meu lado havia um eclético público, inclusive comendo cheetos (?????) no setor Premium. E outros pulando fileiras pra sentar no lugar. Enfim.

Se você for um grande apreciador de Cazuza e quiser ver as releituras das suas obras primas, encaixadas de forma quase narrativa em sua história de vida, ou se quiser um programa diferente vale a pena, mas se dispa da expectativa de ver grandes atuações cênicas ou musicais, e vá em uma noite sem sono, caso contrário existe a chance de um cochilo, especialmente durante a segunda parte do show. E apesar de tudo isso, cheguei em casa e fui pesquisar vários fatos, para mim inéditos, e fui procurar o filme para rever. Contraditório como o saudoso ídolo sempre foi.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Legião Wagner Moura

Escrevo essas poucas linhas no clima de saudosismo evocado pelo tributo à Legião Urbana protagonizado nessa semana pelo ótimo ator, repito, ator Wagner Moura, em uma bela jogada da mtv após ver o ator performar na canção tempo perdido no excelente longa Homem do Futuro. Dessa forma, nem o Legião voltou nem eu voltei a escrever.

Dois shows agendados para o meio da semana, pouco mais de um mês de ensaio, duas horas de show, quase oito mil pessoas cada noite, de cem a duzentos reais o ingresso. Pronto. Aqui acaba a racionalização do evento. O primeiro dia foi marcado por falhas técnicas ridículas, pela falta de entrosamento e pelo ator desafinando ao interpretar o cantor. Marcado sim, lembrado nao.

A lembrança de quem viu ao vivo ou pela tv será de um lindo tributo, com um fã declarado e emocionado cantando por toda uma Legião Urbana de fãs, que por décadas se viu carente de seu poeta depressivo e que matou as saudades nas nuances elétricas e sempre contagiantes de um Wagner Moura pilhado, vivendo intensamente cada nota, tenha sido essa nota cantada certa ou errada, não importa.

Karaokê de luxo vão falar alguns. Histeria coletiva vão alegar outros. Fato. Mas só existe essa histeria toda porque nada mais excitante ocorre na música brasileira. Prova inconteste da fraca atuação da atual geração de músicos (???) e bandas nacionais. E mais de dez anos passados de sua morte, Renato Russo continua contestador, agora provocando seus sucessores musicais incompetentes. E musicas como Índios, Geração Coca Cola, Que país é esse? se mostram mais atuais e eternas do que nunca. E nas falhas bem intencionadas desse fã famoso, essas músicsm encontraram sua imortalidade já tão merecida.

E quando comecei a escrever essa coluna, Wagner se rendeu aos fans que de hoje em diante seriam seus fans também, e depois de ouvir pedidos ontem, ler resenhas hoje e ver os fans cantarem meia música no intervalo das canções, resolveu arriscar tudo e cantar a música mais emblemática, mais longa e mais difícil do trio russo-villa lobos-bonfá, agora acompanhado também de Bi Ribeiro: Faroeste Caboclo, declarada como não ensaiada. E tal como João de Santo Cristo, Wagner Moura encontrou seu inesquecível e apoteótico final, nas graças dos milhares de fãs emocionados.

Viva legiao

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Evite o vexame ao gravar um vídeo em show

Gravar vídeo, foto ou sons em um show é proibido e bla bla bla. todo mundo faz. veja qualquer show e verá milhares de flashes de celulares, câmeras caseiras e até umas semi-pro. até ai novidade nenhuma.

Estava no show do bon jovi, todo mundo sabe. Tentando guardar o momento para uma pessoa especial, resolvi gravar as principais músicas, o que em um show de 3 horas deixa qualquer braço com caimbra. mas vamos lá.

Mais de 10 músicas gravadas depois, fui ver o resultado, e......que vergonha.

Tinha minha voz esgoelada em quase todas as músicas....e conforme o show progredia, minha voz piorava. e a qualidade da gravação idem. só melhorou quando eu estava sem voz. único arquivo que se salvou foi bed of roses, acho.....rs

Moral da história: tanto celulares como câmeras tem MICROFONES, então, se for gravar não cante.....e tenho dito.

PS: eu tenho voz linda, mas não para berrar em show...rs

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Show do Bon Jovi no Morumbi - 06 de outubro de 2010

"Pela animação de vocês, não sei porque demoramos tanto tempo para voltar, deveríamos aparecer todo ano". Começo o post com essa frase de Jon Bon Jovi no show de ontem. Acho que ela é um bom resumo do que rolou ontem em uma fria noite no morumbi: um público fiel reencontrando seu ídolo após 15 anos, que reconheceu o carinho e se doou ao máximo. Afinal, foram quase 3 horas de show do momento em que entrou até o final do segundo bis. E para muitos, ainda foi pouco.

Preciso deixar claro uma coisa desde já: não sou fan de bon jovi. Ou melhor, não era, até ver o show de ontem. O que dizer de um show de 27 músicas (além de 2 covers), 2 bis, 3 horas de duração, sorrisos, covers e muita energia do começo ao fim? Foi o show ideal. Não perfeito, ideal. Pois acreditar em um show que atravesse os 27 anos de carreira da banda, passando pelos 11 discos de estúdio, sem esquecer NENHUM hit é o sonho de qualquer fã. E ontem o sonho virou realidade para 61 mil fãs enloquecidos.

Como de praxe na turnê, Blood on Blood abriu o show sem maiores atrasos, levantando o público, que permaneceu gritando em We Werent Born to Follow, do novo cd, coroada por You Give Love a Bad Name, para delírio de todos. Embora possa ser questionada a posição da música no setlist, "queimando um hit", serviu para mostrar a que veio. Só estou aquecendo, dizia Jon.

Todas as músicas foram emolduradas por um bom trabalho de produção visual, que criou cenários, closes, personagens e filtros, sempre destacando a simpatia e a presença de palco do quase cinquentão vocalista, que ainda assim fez as adolescentes de todas as idades suspirarem como se estivessem com seus 15 anos novamente.

E o som não decepcionou. Finalmente aprenderam a lição de shows ruins, como o do Aerosmith, e posicionaram caixas de som em altos pedestais voltados para as arquibancadas, de forma que todos pudessem aproveitar o show, tirando os que ficaram atrás da PA de iluminação, que parecia uma casa na árvore e atrapalhava a vista do povo da arquibancada. Paciência.

A banda estava entrosada, se divertindo, having a nice day (or evening). Tico, Richie e David tocavam empolgados como adolescentes, seguindo os passos de Jon, que sorria, mandava beijinhos e soltava os chavões adorados como "Boah Noiti San Paoolo." Até parabéns para você rolou. Isso sem falar nos covers divertidíssimos, encaixados no meio de Bad Medicine: Pretty Woman, de Roy Orbinson e Shout, música de pegada gospel. Lay your hands on me cantada pelo Richie Sambora com o cenário de uma catedral também foi emocionante.

Especialmente para mim, 2 foram os melhores momentos, quando eles tocaram Work for the Working Man, ausente de outros setlists, mas indispensável música do novo álbum (que eu apostava que teria), e Livin on a Prayer, já no bis, cantada à exaustão por todos nós, com repetidas vezes só o ótimo refrão.

Bon Jovi fez valer cada dia de espera e cada real pago, em um show que deveria inspirar todas essas bandas que parecem fazer shows caça-níquel no Brasil: cobram caro e tocam de olho no relógio. Não foi o que aconteceu ontem, a ponto de as 4 músicas do bis terem deixado claro que o show acabaria alí, tanto que os refletores começavam a se acender, e o público abandonava em massa o estádio ao som de "Another One Bites the Dust", do Queen, tocado pelo sistema de som. Ledo engano. A banda se reunião ao centro do palco já escuro, e depois de confabular por poucos minutos, volta atrás de seus instrumentos, para absoluto delírio geral dos fãs que ainda aplaudiam o final do primeiro bis com Livin on a Prayer. Ainda havia tempo para Bed of Roses, que embalou o sonho de muitas das fãs ali presentes.

Foi um show para lembrar. Quem foi, sabe que testemunhou algo especial, diferenciado, único, digno dos 15 anos de espera.

Música do dia: Always (ontem ficou claro que a relação de Jon e seus fãs é para sempre e ele estará aí para eles)

PS: tinha me esquecido. o fresno tentou tocar 5 músicas, vaiado ao final de cada uma delas. Pena que eu perdi (a chance de vaiar....cheguei tarde para isso...rs)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Informações show do Bon Jovi




SÃO PAULO – MORUMBI – QUARTA-FEIRA DIA 06 DE OUTUBRO


Informações sobre o show


Abertura dos portões:
16:00h

Banda de abertura
Fresno às 19:15h

Início do Show:
21:00h

Meia Entrada:
É necessária a apresentação de documento comprobatório de condição de beneficiário no ato da compra e na entrada do evento.

Área de Deficientes Físicos:
Área reservada no Anel Inferior do Estádio e na Pista. Acesso pelo Portão 17-B

Orientação para o público:
Indicadores uniformizados para a orientação do público.

Classificação etária:
12 a 14 anos permitida a entrada acompanhados dos pais ou responsáveis. A partir de 15 anos desacompanhados.



Alimentos Permitidos:

- Sanduíches
- Bolachas
- Copos Descartáveis
- Frutas Cortadas

Objetos Proibidos:

- Correntes e Cinturões
- Garrafas Plásticas
- Bebidas Alcoólicas
- Substâncias Tóxicas
- Fogos de Artifício
- Inflamáveis em geral
- Objetos que possam causar ferimentos
- Armas de Fogo
- Copos de Vidro
- Frutas Inteiras
- Latas de Alumínio
- Guarda-Chuva
- Jornais e Revistas, Bandeiras e Faixas
- Capacetes de motos e similares
- Vidros em geral

Estacionamento e Translado até o Estádio:
Estacionamento Alternativo com Traslado para o Estádio do Morumbi – Garagem WTC – Avenida Nações Unidas, 12555 – World Trade Center – Shopping D&D

Serviços de Alimentos e Bebidas:
Tendas e Bares distribuídos nos Anéis do Estádio onde serão vendidos sanduíches, água, refrigerante, cerveja, etc.

Máquinas Fotográficas:
Está liberado o uso de máquinas fotográficas que não sejam profissionais. Proibido Filmadoras.

Banheiros:
Serão disponibilizados cerca de 180 banheiros químicos (masculinos e femininos), distribuídos em diversos pontos no local do show; Além dos banheiros já existentes em todos os anéis do Estádio.

Atendimento Médico:
Haverá postos médicos em todos os Anéis do Estádio , ambulâncias, UTI´s móveis, médicos, profissionais de enfermagem e brigadistas à disposição para qualquer eventualidade.

Segurança:
– 750 seguranças (homens e mulheres) contratados e uniformizados garantirão a segurança do evento. – 150 Brigadistas e Bombeiros no atendimento aos Primeiros Socorros. – Efetivo do 2? Batalhão de Choque da Policia Militar – Apoio do 16? Batalhão da Policia Militar no entorno do Estádio.

Bilheteria Tickets For Fun:
Bilheteria no Portão 1 – Retirada de ingressos comprados por telefone e Internet ( Will Call ). Bilheteria no Portão 4 – Compra de ingressos e complemento de meia entrada.


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Preparação para um show - Roteiro

Prezados, faltam 5 dias para o aguardado show do Bon Jovi.

Toda vez que tem um show desses, tenho alguns hábitos que ajudam na preparação para curtir o show ao máximo. Achei que seria interessante dividí-los com vocês:

1) Ouvir o novo disco e identificar quais são as músicas que tem mais chances de ser tocadas, e tentar decorá-las;

2) Achar o setlist da turnê;

3) Confirmar seus palpites;

4) Ouvir as músicas menos conhecidas à exuastão;

5) Ouvir as mais conhecidas até não aguentar mais;

6) Descobrir os amigos que vão e tentar ir de galera;

7) Fazer um esquenta antes (e durante) o show;

8) Ficar bem localizado acusticamente no dia do show;

9) Cantar até ficar rouco (mesmo que não souber a letra);

10) Tentar registrar o momento (nem que seja no celular).

Pronto. Siga esses passos e bom show.

Música do dia: You give love a Bad Name - Bon Jovi

domingo, 19 de setembro de 2010

Show do Scorpions em Sampa

Depois de ficar quase 2 anos em ir em shows internacionais, fui ao show dos Scorpions graças a um amigo: Valeu RAFA! E não poderia ter sido melhor!

Com pontualidade Germânica, os Scorpions entraram no palco as 10:28, menos de meia hora após do horário marcado, e tenho certeza que só "atrasaram" por conta da desorganização do Credicard Hall para a entrada dos fãs. Mas foi só a banda entrar que qualquer má impressão ficou para trás. Certamente, quem acha que alemão é frio não conhece Klaus Meine.

Chegou chegando. Não tem como descrever de outra forma. O início, com Sting in the Tail, música que dá nome ao álbum e à turnê de despedida, mostrou claramente a que veio a banda: fazer a platéia, composta de adolescentes à velhinhos, sacudir as cabeças e agitar as mãos no ar, gritando a plenos pulmões. E foi isso que aconteceu, nas quase 2 horas de show, que nem teve banda de abertura. E nem precisou.

Enquanto evento, não parecia um show de rock. Parecia uma pregação religiosa, com Klaus Meine sendo o pastor principal, acessorado por seus asseclas (no que pese ter sido o guitarrista Rudolf Schenker o mais velho da banda de quase 50 anos de estrada). Klaus pregava para uma multidão de fiéis, que entoava seus cânticos com fervor e determinação, em uma só emoção, dedicada ao Rock n Roll. Ou Rock n Roll forever, como tatuado em letras garrafais nas costas de Kottak, o baterista showman, que teve destaque em um belo solo e em um vídeo em que representava a capa de alguns dos principais entre os 20 discos de estúdio da banda, arrancando risos da platéia de fiéis.

Confesso que eu sou um dos conhecedores das músicas mais clássicas da banda, e não um fã de carteirinha. Mas quando soube que o tour de despedida passaria pelo Brasil, coloquei na minha cabeça que tinha que ir de qualquer maneira. E só entendi quando estava lá, recém iniciado nas tradições scorpianas, cantando o refrão de sucessos recém descobertos, como Holiday e The Zoo, além das músicas do novo CD, que eu cansei de escutar para o show, como The Best is Yet to Come e Raised on Rock.

Mas Wind of Changes, com a introdução de algumas frases que remetem à fase sócio-política na qual a obra-prima foi concebida, foi de arrepiar. Fisicamente arrepiar. Essa foi a sensação causada em mim. E aposto que nos outros também.

Impressionante foram os agudos de Klaus, do alto de seus 65 anos, dignos do melhor rockstar em seu auge. Solos de Guitarra, Baixo e Batera davam a impressão de estar vendo o show da melhor banda de rock da atualidade. E todos gentis com seu público, simpáticos, e donos de uma energia absurda.

E sem deixar a vibração cair nem um segundo, a banda conduziu o público através de uma experiência única, do show perfeito, ainda que eu tenha sentido falta de Send me an Angel, Love will keep us alive e Game of Life, eu não mudaria nada do que eu vi. Pelo contrário, como disse minha esposa, quero ir de novo hoje, ver os senhores de quase 70 anos me fazerem sentir como um adolescente empolgado de novo.

E no bis, a justíssima homenagem às duas principais músicas que transformaram a banda em uma das melhores do mundo: Still Loving You e Rock You Like a Hurricana, cantada em uma só voz pelos milhares de fãs.

Foi o show de rock perfeito, que fez quem esteve presente no credicard hall discordar da música que encerrou o disco e foi sublimente tocada pela banda, que "o melhor ainda está por vir" (The Best is Yet to come), pois acredito que dificilmente verei muitos shows de rock como o que vi ontem. Obrigado Scorpions.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

The Circle - Bon Jovi

Faltando menos de 1 mês para o show da turnê The Circle desembarcar no Brasil, nada mais justo do que falar do álbum, lançado em novembro de 2009, e que dá nome à turnê que vem rodando os 5 continentes.

Atemporal. Esse é o conceito que define esse álbum. Ele foi escrito nos anos 2000, mas poderia tranquilamente ter sido lançado logo após These Days, em 1995, sem problema algum. A fórmula não mudou, ou seja, quem gosta de Bon Jovi, vai continuar gostando. E quem não gostava, não tem nada de novo para reconsiderar sua opinião. A verdade é que a banda é uma fábrica de sucessos, que usa todo seu tempo de estrada para adequar os novos álbuns com 2 ou 3 grandes sucessos, e o resto de músicas agradáveis, sejam baladinhas, ou power balads, como ele mesmo gosta de definir, exatamente como foi feito com o último álbum de estúdio da banda, Lost Highway, de 1997.

Dessa vez, os sucessos vêm das canções "We Weren't Born to Follow", primeira música de trabalho da banda, bem como minha favorita "Work for the Working Man", e "Brokenpromiseland". Vale dizer que "Work for the Working Man" é o típico sucesso radiofônico, com paradas rítmicas que combinam perfeitamente com um backvocal e socos no ar. Sério, muito legal. Minha aposta é que as duas primeiras certamente estarão no show de outubro, mas a terceira tem grandes chances, especialmente em um bis ou mais para o final do show. Fica registrada minha aposta, que será confirmada em post pós show, uma vez que estarei lá.

12 boas canções, com 2 ou 3 hits, garantem uma bela vendagem desse disco, que se fia no charme adaptável de seu vocalista galante (vide a transformação das fotos, década a década), que se garante no violão e nos sorrisos. Violão e sorrisos, inclusive, que farão a alegria de todas as adolescentes histéricas presentes no show, tenham elas 15 ou 30 anos, não importa. O que vale é curtir o máximo possível.

Segue o setlist da versão oficial dos USA. E a música do dia não podia ser outra: "Work for the Working Man".

1. "We Weren't Born to Follow" Jon Bon Jovi, Richie Sambora 4:03
2. "When We Were Beautiful" Bon Jovi, Sambora, Billy Falcon 5:18
3. "Work for the Working Man" Bon Jovi, Sambora, Darrell Brown 4:04
4. "Superman Tonight" Bon Jovi, Sambora, Falcon 5:12
5. "Bullet" Bon Jovi, Sambora 3:50
6. "Thorn in My Side" Bon Jovi, Sambora 4:05
7. "Live Before You Die" Bon Jovi, Sambora 4:17
8. "Brokenpromiseland" Bon Jovi, Sambora, John Shanks, Desmond Child 4:57
9. "Love's the Only Rule" Bon Jovi, Sambora, Falcon 4:38
10. "Fast Cars" Bon Jovi, Sambora, Child 3:16
11. "Happy Now" Bon Jovi, Sambora, Child 4:21
12. "Learn to Love" Bon Jovi, Sambora, Child 4:39

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Show do Ultraje a Rigor

Caríssimos leitores. Se 2009 foi um ano com poucos shows para mim, até mesmo por falta de grana, essa ausência foi recompensada por um show de rock ao qual estive presente em virtude de um evento corporativo, com a excelente banda Ultraje a Rigor.

Foi um show de rock. E que show! Já na abertura, com Zoraide, ficou claro que a banda estava encarando o show corporativo com um outro show qualquer, se dedicando totalmente aos seus fãs, que para surpresa geral, eram muitos e muito entusiasmados. Talvez em virtude da faixa etária, já que tinha grande parte do público na faixa dos 30 anos, ou talvez porque não se vê rock assim atualmente, o fato é que a banda arrasou.

Fazia muito tempo que eu não via um rock ser tocado com tanto gosto. Roger, Bacalhau, Serginho, Mingau demonstraram um enorme vigor e técnica à frente de seus respectivos instrumentos. A condução firme do baixo, com as guitarras disparando uma sonzera, somente superada pelos ataques na batera. um show para lembrar.

Como fã da banda, cantei todas junto, pedi músicas, fui atendido, e vibrei do começo ao final. A banda soube levar bem seu público, adequando o tempo de show, de quase 2 horas, ao pique da galera. Grande presença de palco. E ainda teve a participação especial de um menino tocando guitarra que sinceramente não lembro o nome. mas mandou muito, lembrando as origens da banda de covers da década de 60.

Após o show, não resisti e fui muito bem atendido por todos, que tiraram foto comigo e autografaram meu cd 18 anos sem tirar.

Ficam aqui os agradecimentos à banda, pelo melhor evento corporativo que já fui, com um especial agradecimento ao Trovão, manager da banda.

Música do dia: Nada a declarar

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

COLDPLAY NO BRASIL.....YES

02 DE MARÇO DE 2010. Esse é o dia em que o Coldplay voltará à Sampa, para tocar no panetone da vila sônia, também conhecido como Morumbi(xa).

Realmente estou considerando me dar de presente a ida ao show, afinal em 18 de março de 2010 farei 28 primaveras.

O único problema é saber se o Chris Martin e sua trupe soferão de madonite aguda, com valores estratosféricos.

PS: Agora estou preocupado, afinal todos os juízes do campeonato brasileiro vão ganhar convites para o show, para dar uma forcinha ao "campeão"......e assim caminha o brasilsilsil

Música do dia: The scientist - Coldplay

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Madonna em São Paulo - Eu fui

Bom, nem eu sabia que ia. Eis que o ingresso literalmente caiu no meu colo. Esse é o tipo de coisa que não podemos dizer não, até para não irritar os Deus da Fortuna, já que ando precisando tanto deles......



Após uma corrida tranquila de taxi, a entrada foi mais tranquila ainda, sendo que encontrei amigos na porta, aumentando a diversão. Lá dentro, a coisa mais impressionante era a diversidade do público. Ninfetos com menos de 20 anos, que devem achar que 4 minutes é o maior sucesso e ignoram o fato da Madonna ter mais tempo de carreira do que eles de vida, juntavam-se a senhores de seus 50 e 60 anos saudosos daquela loira ousada que conquistou Nova Iorque a décadas atrás. Famílias, solteiros, casados, heterossexuais, homossexuais, jovens, adultos, transformaram o show em um espetáculo sociológico, pois não havia visto até então um público tão diversificado em uma quantidade tão grande.......

Enfim, falemos de show. Paul Oakenfold, conhecido DJ holandês fez a abertura do show, sabiamente mesclando músicas de balada com alguns hits da estrela da noite. Clássicos agitaram a galera, que já começou a pular como se fosse uma rave. muito legal. Só acho que o DJ caprichou mais no início do setlist do que no final, quando a apresentação perdeu parte de sua força, sendo que ao final, ficou um espaço silencioso razoavelmente grande entre o término de uma apresentação e o início da outra.

Mas chegou a hora. Madonna entrou no palco. Loucura total dominou o morumbi, adultos gritavam como histérias adolescentes diante do galã de novela. E eu pude comprovar até onde vai a tara das pessoas por ela. Camisetas personalizadas, compradas, tatuagens, mulheres semi-nuas, deu para ver de tudo no show. Consegui ver até peito e bunda, e olha que eu nem tava no meião, onde ouvi boatos de sexo explicíto. Se algum leitor viu isso, favor comentar.

Madonna entrou sentada em uma cadeira que elevou-se por trás do palco. e os telões foram um show totalmente a parte. A parte gráfica, de luzes e projeções impressionou muito, não sei se até não foi melhor que o do U2....pena que faz muito tempo para comparar. Momentos da carreira da musa foram trabalhados para conversar com a canção do momento, incluindo até mesmo grandes astros, como Puff Daddy e Britney Spears, essa em Human Nature.

Isso tudo sem falar na forma invejável dela. Aos 50 anos, mae, etc etc etc, a mulher dá um cacete em qualquer um da platéia. mexe, pula, rebola, vibra, soca, chuta, cavalga...........minha nossa senhora, ou melhor, ma donna.

O ritmo impressionante não deixou espaço para dúvidas: ela ainda está no topo do jogo dela. O fato do show ter sido focado no último cd, o mediano sticky and sweet, não tirou o mérito do show, até porque como a geração mtv está cansada de saber, música clipe e show são três coisas totalmente diferentes, e não é porque um é bom que o outro também será.

Poucas foram as músicas que os não-fans como eu reconheceram, como 4 minutes, Ray of Light, Like a Prayer, La isla bonita, vogue..........mas isso não importa. As músicas desconhecidas incediram, as conhecidas levaram à combustão espontânea. Pessoas dançavam como em uma rave, com ou sem drogas e bebidas, e pulavam feito pipoca. Nunca tinha visto as pessoas dançando a caminho do banheiro e na volta deste. cada espaço era ocupado de forma expansiva, pois não tinha como ficar parado. E tudo isso chegou ao ápice, ao extase em like a prayer. remixada, a música foi uma verdadeira descarga de energia que não deixou ninguém ficar parado, tamanha foi a intensidade da interpretação e da comoção geral da galera. Este que vos fala foi a verdadeira loucura. Pulei, dancei, me acabei, como nunca me lembro de ter dançado num show. O Final da música foi transcendental. Dai em diante o show para mim foi uma diversão enorme, mas o grande momento ja foi, marcou demais. Letreiros com símbolos da cabala judaica, complementados por nomes de grandes iluminados como Buda, Jesus, Jave, Maomé, Allah apareciam no telão, sendo depois complementados pela melhor frase de todas: DOESN´T MATTER THE NAME. THE LIGHT IS ALL THE SAME (não importa o nome, a luz é sempre a mesma). Animal.

Conclusão: eu não pagaria esse valor para ir a um show. mas fiquei extasiado de ter ido. Se meus comentários sobre o custo permanecem os mesmos, bem como à histeria coletiva, caem por terra quaisquer dúvidas sobre o pique dela, seu momento e a qualidade de seu show.

E a música do dia só podia ser LIKE A PRAYER

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O Caos Madonna e a estupidez humana

Após perfomance no RJ, madonna se apresenta hoje, dia 18/12/2008, aqui em Sampa. Beleza, nem vou entrar no mérito do preço irreal cobrado pelo ingresso (250 reais), sendo que na Argentina foi menos que a metade. Também não vou falar que não é show para um local desse tamanho, que só compensa se for uma mega hyper produção como foi o caso do U2 (até mesmo o show do aerosmith ficou pequeno lá). Até aí beleza. é um show que eu iria se tivesse esse tipo de grana para gastar com futilidades.

Mas a idiotice dos fãs para mim é algo simplesmente inconcebível. Tem gente há 1 mês, sim, 30 dias na fila, para comprar ingresso. E outros 30 dias, somando 1/6 do ano, quase 15% de um ano todo, na fila por um bom lugar. não tem como não me manifestar. vejamos pensamentos gerados por este fato:

1) QUEM tem esse tipo de tempo? Só pode ser vagabundo, filhinho de papai ou maconheiro. sério! Ninguém que se respeite minimamente pode ficar esse tempo inerte, ocioso, para ver um show, por melhor que seja. Nem que Jesus Cristo reencarne de novo, e traga junto todos os apóstolos, é justificável ficar esse tipo de tempo na fila. Céus.

Tava lendo numa matéria que o cara é estudante. aha! estudante de que? nada minimamente respeitável, aposto. Fala para um cara desses passar 60 dias alimentando os pobres, sendo voluntário num hospital ou coisa do gênero. até sei a resposta.

Um outro falou que é representante comercial e que ia faltar 2 dias seguidos para ficar na fila do show. Não vou falar q demitia, não sou tão rigoroso assim. Só fazia o caboclo trabalhar no natal E reveillon. afinal de contas, as pessoas tem q suportar as consequencias de seus atos.

Por fim, outro cara disse que 1 mês foi pouco, que ele passaria 2 meses, 3 meses, 4 meses, o tempo que fosse para ver ela, e que ela era a vida dele. Bom, se nem o Guy Ritchie disse algo parecido, a solução para esse ai é um tiro na testa, um atestado de incapacidade ou um manicômio.

2) As pessoas ficam todo o tempo sem banho?

3) Ninguem tem pai ou mae que coiba esse tipo de loucura?

4) Ninguem tem marido, esposa, filho ou qualquer coisa que seja e demande um mínimo de atenção e responsabilidade?

5) Onde essas pessoas acham tempo para VIVER?

6) Vale todo esse esforço por alguém que já virou a curva da carreira e está se valendo da grana do terceiro mundo para enriquecer, considerando que foi acusada de plágio no RJ?

7) Só eu acho isso uma loucura completa?

Ressalto por fim que não tenho nada contra a música dela. Ela é eterna e gravou seu nome na história da música de maneira ímpar, tendo resistido ao tempo por ser dinâmica, vanguardista. Mas eu não fiz 1% desse esforço para ver o Clapton, e olha que o cara é Deus (vide história dele).

Bom, música do dia: Like a prayer (só o fanatismo xiita justifica....)