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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Legião Wagner Moura

Escrevo essas poucas linhas no clima de saudosismo evocado pelo tributo à Legião Urbana protagonizado nessa semana pelo ótimo ator, repito, ator Wagner Moura, em uma bela jogada da mtv após ver o ator performar na canção tempo perdido no excelente longa Homem do Futuro. Dessa forma, nem o Legião voltou nem eu voltei a escrever.

Dois shows agendados para o meio da semana, pouco mais de um mês de ensaio, duas horas de show, quase oito mil pessoas cada noite, de cem a duzentos reais o ingresso. Pronto. Aqui acaba a racionalização do evento. O primeiro dia foi marcado por falhas técnicas ridículas, pela falta de entrosamento e pelo ator desafinando ao interpretar o cantor. Marcado sim, lembrado nao.

A lembrança de quem viu ao vivo ou pela tv será de um lindo tributo, com um fã declarado e emocionado cantando por toda uma Legião Urbana de fãs, que por décadas se viu carente de seu poeta depressivo e que matou as saudades nas nuances elétricas e sempre contagiantes de um Wagner Moura pilhado, vivendo intensamente cada nota, tenha sido essa nota cantada certa ou errada, não importa.

Karaokê de luxo vão falar alguns. Histeria coletiva vão alegar outros. Fato. Mas só existe essa histeria toda porque nada mais excitante ocorre na música brasileira. Prova inconteste da fraca atuação da atual geração de músicos (???) e bandas nacionais. E mais de dez anos passados de sua morte, Renato Russo continua contestador, agora provocando seus sucessores musicais incompetentes. E musicas como Índios, Geração Coca Cola, Que país é esse? se mostram mais atuais e eternas do que nunca. E nas falhas bem intencionadas desse fã famoso, essas músicsm encontraram sua imortalidade já tão merecida.

E quando comecei a escrever essa coluna, Wagner se rendeu aos fans que de hoje em diante seriam seus fans também, e depois de ouvir pedidos ontem, ler resenhas hoje e ver os fans cantarem meia música no intervalo das canções, resolveu arriscar tudo e cantar a música mais emblemática, mais longa e mais difícil do trio russo-villa lobos-bonfá, agora acompanhado também de Bi Ribeiro: Faroeste Caboclo, declarada como não ensaiada. E tal como João de Santo Cristo, Wagner Moura encontrou seu inesquecível e apoteótico final, nas graças dos milhares de fãs emocionados.

Viva legiao

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dia mundial de combate à AIDS e a música

Como todos sabem, hoje no mundo todo comemora-se o dia mundial de combate à aids e ao preconceito.

O interessante da AIDS é que ela surgiu como um bicho de 7 cabeças, uma doença cármica, uma punição de Deus para aqueles grupos horrendos e amorais, e em pouco tempo descobriu-se que não era bem assim, que todos estamos sujeitos ao seu contágio se não tomarmos as precauções devidas, e que pode-se viver bem mesmo tendo AIDS.

Ainda assim, essa doença levou de nosso convívio diversos grandes músicos, os quais homenagearemos através de 3 menções honrosas e uma lista mais completa como tributo:

1- Freddie Mercury. Esse talvez seja o caso mais conhecido mundialmente, por ter atingido uma figura sempre polêmica e contestadora, que escreveu Show Must Go On em virtude da doença que o mataria aos 45 anos.

2- Cazuza. Nosso Freddy Mercure tupiniquim, não menos polêmico, também dedicou sua genialidade para falar da doença:

"Esse negócio da Aids foi um freio. O prazer passou a ser um risco de vida. Tem pessoas que sabem transar bem com isso, outras não. Tenho amigos que quando vão transar vomitam".

"A Aids caiu como uma luva, modelinho perfeito da direita e da Igreja. A Aids caiu assim como um taileur para eles, que nunca estiveram tão elegantes... e deselegantes principalmente".

3- Renato Russo - Esse já era triste antes da doença, mas depois teve todas as razões do mundo para gravar um dos mais depressivos álbuns que já ouvi: A tempestade, ou o livro dos dias.

Segue Rol de músicos tocados pela doença, com nome, data de nascimento e falecimento (quando for o caso) e algumas infos dos músicos:

Peter Allen (1944–1992) Compositor e cantor australiano, escreveu o hino dos expatriados "I Still Call Australia Home".

Andy Bell (1964) Músico britânico, cantor da banda Erasure (adoro a banda).

Nadja Benaissa (1982) Músicista alemã da banda de meninas No Angels (fez algum sucesso por aqui).

Black Randy (1952-1988) Líder da banda norte americana de punk rock soul (???) Black Randy And The Metrosquad.

Jorge Bolet (1914–1990) Pianista cubano

Cazuza (1958–1990).

Stuart Challender (1947–1991) Condutor da orquestra sinfônica de Sydney.

Mel Cheren (1933–2007) Produtora disco norte americana.

David Cole (1963–1995) Produtor disco norte americano, parte da banda C+C Music Factory (outra banda de algum sucesso por essas bandas)

Patrick Cowley (1950–1982) Músico americano.

Robbin Crosby (1960–2002) Guitarrista americano conhecido como "The King", mebro da banda de glam metal Ratt.

Tony De Vit (1957–1998) DJ britânico.

Bobby DeBarge (1956–1995) Cantor da banda americana DeBarge.

Eazy-E (1963–1995) Rapper americano do grupo N.W.A.

Youri Egorov (1954–1988) Pianista clássico soviético.

Patrick Esposito Di Napoli (1964–1994) Cantor Franco-Canadense.

Tom Fogerty (1941–1990) Músico americano que tocava guitarra rítmica com seu irmão John na eterna banda Creedence Clearwater Revival.

Andy Fraser (1952)Baixista britânico da banda conceitual Free.

Ray Gillen (1959–1993) Cantor americano famoso por seu trabalho com o Black Sabbath e Badlands.

Paul Giovanni (1933–1996) Musicista de filmes norte-americanos.

Kenny Greene (1969–2001) Cantor norte-americano.

Howard Greenfield (1936–1986) Cantor norte-americano eternizado no hall da fama.

Steven Grossman (1952–1991) Cantor norte-americano.

Calvin Hampton (1938–1984) Compositor de música sacra norte-americano.

Dan Hartman (1950–1995) Cantor norte-americano. (esse cara tem umas músicas discos bacaninhas como instant replay)

Ofra Haza (1957–2000) Cantor israelense.

Paul Jabara (1948–1992) Compositor norte-americano de hits como Last Dance.

Paul Jacobs (1930–1983) Pianista norte-americano.

Jobriath (1946–1983) Músico norte-americano de glam rock.

Holly Johnson (1960) Cantor britânico, líder e idealizador da banda Frankie Goes to Hollywood.

Bernard Kabanda (1959–1999) Guitarrista de Uganda.

Fela Kuti (1938–1997) Músico nigeriano e ativista político.

Héctor Lavoe (1946–1993) Compositor e cantor porto-riquenho de salsa.

Paul Lekakis (1966-) Cantor norte-americano.

Liberace (1919–1987) Pianista norte-americano.

Andreas Lundstedt (born 1972) Cantor sueco.

Philly Lutaaya (1951–1989) Cantor de Uganda e ativista político.

Billy Lyall (1953–1989) Tecladista britânico, membro das bandas Pilot e the Bay City Rollers.

Freddie Mercury (1946–1991).

Jacques Morali (1947–1991) Compositor francês de música disco, e co-criador do eterno Village People.

Alan Murphy (1953–1989) Guitarrista britânico.

Klaus Nomi (1944–1983) Cantor alemão.

Stephen Oliver (1950–1992) Cantor britânico de óperas.

Chuck Panozzo (1948) Baixista norte-americano e membro fundador da banda Styx.

Lonnie Pitchford (1955–1998) Bluesman norte-americano.

Louis Potgieter (1951–1993) Cantor sul-africano.

Sharon Redd (1945–1992) Cantora norte-americana.

Scott Ross (1951–1989) Músico norte-americano.

Frankie Ruiz (1958–1998) Cantor porto-riquenho.

Arthur Russell (1951–1992) Músico norte-americano. .

Renato Russo (1960–1996).

Jermaine Stewart (1957–1997) Cantor norte-americano.

Sylvester (1944–1988) Músico e performer norte-americano da era disco (famoso).

Umanji (c. 1968–2008) Músico sul-africano.

António Variações (1944–1984) Músico português.

Ricky Wilson (1953–1985) Guitarrista norte-americano e membro original do The B-52's (ô bandinha chata).

Zombo (1979–2008) Cantor sul-africano.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Que país é esse?

Dirigindo hoje de manhã, embasbacado com a falta de habilidade coletiva no trânsito, começo a ouvir "que país é esse", cantado pelos paralamas, e me lembro de todas as patifarias do Senado Federal. Se eu esqueço uma vírgula, fico com meu imposto retido 2 anos (caso verídico), agoooooora, se eu esqueço de declarar um castelo (?????) ou uma ilha (?????????), daí é só esquecimento e não tem problema nenhum, afinal sou um exmo. senador da república (fiz direito, mas ando esquecido - para que que serve o senado mesmo????). Poderia falar de nepotismo, as faltas de deputados, senadores, vereadores, as centenas de atos secretos, as nomeações espúrias, os projetos de lei ilegais, os auto-aumentos, a crise dos 3 poderes, mas para ler isso você vai no blog do josias, ou qualquer outro. Aqui é música.

Voltando, Renato Russo, em 1978, quando ainda fazia parte do Aborto Elétrico, compôs essa música, que viria a ser gravada e regravada por várias bandas nacionais e talvez simbolize a maior música de revolta de nossa geração coca-cola. O engraçado é que, embora composta nos tempos da ditadura militar, tempo de especialidade da nossa mpb, a música, de 41 anos atrás, continua absurdamente fazendo sentido?

Não lembra da letra? Segue abaixo a música do dia:


Que País é Este
Legião Urbana
Composição: Renato Russo

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, nas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?