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domingo, 31 de agosto de 2014

CAZUZA - PRO DIA NASCER FELIZ - A PEÇA

Sexta à noite. Rua Augusta. Ingressos para ver CAZUZA – PRO DIA NASCER FELIZ – O SHOW, em mãos. O primeiro musical em seis meses, desde wicked. E ao final da peça, uma percepção muito semelhante às reações diametralmente opostas que o garoto do rio causava em seus shows, com suas músicas e suas atuações nos palcos da vida real. Certamente longe de ser a crítica mais fácil que já fiz.

A história contada é, de longe, a parte mais interessante da peça como um todo, especialmente se compararmos com o filme homônimo de 2004. Mais subversivo, mais caótico, pinta os pais como totalmente coniventes aos caprichos de um garoto mimado que nunca enfrentou qualquer dificuldade, qualquer obstáculo, nunca ouviu um não, seja dentro ou fora de casa, até o estúdio e contrato de gravação caiu no colo. Bonito, descolado, bem resolvido em suas indecisões, Cazuza teve o mundo aos seus pés, e mãos, e boca. Fez da vida seu playground, experimentou de tudo e de todos. Foi, o que hoje seria um boy de merda, só que diferente dos outros 99,99% riquinhos endinheirados, ele tinha algo espetacular: TALENTO, SORTE, ESTRELA. E fez disso algo que sobreviveu à sua finitude. Nunca mais tivemos um letrista, compositor assim. Me chamou muita atenção o destaque dado a Ney Matogrosso, omitido descaradamente do filme, bem como uma censura muito menor à sua relação destrutiva com as drogas, sua sexualidade expansiva e sem limites. Promiscuidade seria um eufemismo para definir seu comportamento.

A peça se divide entre ascensão e declínio, com igual destaque, fugindo da solução fácil de abreviar os problemas, e glorificar todo o resto. Ponto positivo. Mas infelizmente, nem sempre execução e o planejamento estão no mesmo nível. 3 horas para uma peça assim é MUITO TEMPO. E isso evidencia as carências do elenco. Em um musical, se espera bons cantores, sendo que PRO DIA NASCER FELIZ parece ter focado suas energias em achar semelhanças físicas nos intérpretes, independente de suas habilidades musicais, que no geral, eram sofríveis, quando muito medianas. O ator principal consegue segurar as músicas, com uma caracterização muito boa, ficando o outro vocal de destaque por conta da atriz que faz a mãe de Cazuza, inclusive sendo o único vocal feminino que escapa do ridículo. Em um dueto feminino sem ela, quase me levantei e fui embora de tão medonho. Nem em karaokê vi algo tão ruim. E uma situação dessas é inadmissível em um musical.

Comparando-se com outros musicais e peças recentes na cidade, percebe-se que o valor de 160 reais fica muito elevado pela contrapartida que se tem – um musical onde não se canta bem, em um teatro que já viu dias melhores. Parece que pagamos um ágio por querer ter diversão e cultura no Brasil, e isso porque do meu lado havia um eclético público, inclusive comendo cheetos (?????) no setor Premium. E outros pulando fileiras pra sentar no lugar. Enfim.

Se você for um grande apreciador de Cazuza e quiser ver as releituras das suas obras primas, encaixadas de forma quase narrativa em sua história de vida, ou se quiser um programa diferente vale a pena, mas se dispa da expectativa de ver grandes atuações cênicas ou musicais, e vá em uma noite sem sono, caso contrário existe a chance de um cochilo, especialmente durante a segunda parte do show. E apesar de tudo isso, cheguei em casa e fui pesquisar vários fatos, para mim inéditos, e fui procurar o filme para rever. Contraditório como o saudoso ídolo sempre foi.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Dia mundial de combate à AIDS e a música

Como todos sabem, hoje no mundo todo comemora-se o dia mundial de combate à aids e ao preconceito.

O interessante da AIDS é que ela surgiu como um bicho de 7 cabeças, uma doença cármica, uma punição de Deus para aqueles grupos horrendos e amorais, e em pouco tempo descobriu-se que não era bem assim, que todos estamos sujeitos ao seu contágio se não tomarmos as precauções devidas, e que pode-se viver bem mesmo tendo AIDS.

Ainda assim, essa doença levou de nosso convívio diversos grandes músicos, os quais homenagearemos através de 3 menções honrosas e uma lista mais completa como tributo:

1- Freddie Mercury. Esse talvez seja o caso mais conhecido mundialmente, por ter atingido uma figura sempre polêmica e contestadora, que escreveu Show Must Go On em virtude da doença que o mataria aos 45 anos.

2- Cazuza. Nosso Freddy Mercure tupiniquim, não menos polêmico, também dedicou sua genialidade para falar da doença:

"Esse negócio da Aids foi um freio. O prazer passou a ser um risco de vida. Tem pessoas que sabem transar bem com isso, outras não. Tenho amigos que quando vão transar vomitam".

"A Aids caiu como uma luva, modelinho perfeito da direita e da Igreja. A Aids caiu assim como um taileur para eles, que nunca estiveram tão elegantes... e deselegantes principalmente".

3- Renato Russo - Esse já era triste antes da doença, mas depois teve todas as razões do mundo para gravar um dos mais depressivos álbuns que já ouvi: A tempestade, ou o livro dos dias.

Segue Rol de músicos tocados pela doença, com nome, data de nascimento e falecimento (quando for o caso) e algumas infos dos músicos:

Peter Allen (1944–1992) Compositor e cantor australiano, escreveu o hino dos expatriados "I Still Call Australia Home".

Andy Bell (1964) Músico britânico, cantor da banda Erasure (adoro a banda).

Nadja Benaissa (1982) Músicista alemã da banda de meninas No Angels (fez algum sucesso por aqui).

Black Randy (1952-1988) Líder da banda norte americana de punk rock soul (???) Black Randy And The Metrosquad.

Jorge Bolet (1914–1990) Pianista cubano

Cazuza (1958–1990).

Stuart Challender (1947–1991) Condutor da orquestra sinfônica de Sydney.

Mel Cheren (1933–2007) Produtora disco norte americana.

David Cole (1963–1995) Produtor disco norte americano, parte da banda C+C Music Factory (outra banda de algum sucesso por essas bandas)

Patrick Cowley (1950–1982) Músico americano.

Robbin Crosby (1960–2002) Guitarrista americano conhecido como "The King", mebro da banda de glam metal Ratt.

Tony De Vit (1957–1998) DJ britânico.

Bobby DeBarge (1956–1995) Cantor da banda americana DeBarge.

Eazy-E (1963–1995) Rapper americano do grupo N.W.A.

Youri Egorov (1954–1988) Pianista clássico soviético.

Patrick Esposito Di Napoli (1964–1994) Cantor Franco-Canadense.

Tom Fogerty (1941–1990) Músico americano que tocava guitarra rítmica com seu irmão John na eterna banda Creedence Clearwater Revival.

Andy Fraser (1952)Baixista britânico da banda conceitual Free.

Ray Gillen (1959–1993) Cantor americano famoso por seu trabalho com o Black Sabbath e Badlands.

Paul Giovanni (1933–1996) Musicista de filmes norte-americanos.

Kenny Greene (1969–2001) Cantor norte-americano.

Howard Greenfield (1936–1986) Cantor norte-americano eternizado no hall da fama.

Steven Grossman (1952–1991) Cantor norte-americano.

Calvin Hampton (1938–1984) Compositor de música sacra norte-americano.

Dan Hartman (1950–1995) Cantor norte-americano. (esse cara tem umas músicas discos bacaninhas como instant replay)

Ofra Haza (1957–2000) Cantor israelense.

Paul Jabara (1948–1992) Compositor norte-americano de hits como Last Dance.

Paul Jacobs (1930–1983) Pianista norte-americano.

Jobriath (1946–1983) Músico norte-americano de glam rock.

Holly Johnson (1960) Cantor britânico, líder e idealizador da banda Frankie Goes to Hollywood.

Bernard Kabanda (1959–1999) Guitarrista de Uganda.

Fela Kuti (1938–1997) Músico nigeriano e ativista político.

Héctor Lavoe (1946–1993) Compositor e cantor porto-riquenho de salsa.

Paul Lekakis (1966-) Cantor norte-americano.

Liberace (1919–1987) Pianista norte-americano.

Andreas Lundstedt (born 1972) Cantor sueco.

Philly Lutaaya (1951–1989) Cantor de Uganda e ativista político.

Billy Lyall (1953–1989) Tecladista britânico, membro das bandas Pilot e the Bay City Rollers.

Freddie Mercury (1946–1991).

Jacques Morali (1947–1991) Compositor francês de música disco, e co-criador do eterno Village People.

Alan Murphy (1953–1989) Guitarrista britânico.

Klaus Nomi (1944–1983) Cantor alemão.

Stephen Oliver (1950–1992) Cantor britânico de óperas.

Chuck Panozzo (1948) Baixista norte-americano e membro fundador da banda Styx.

Lonnie Pitchford (1955–1998) Bluesman norte-americano.

Louis Potgieter (1951–1993) Cantor sul-africano.

Sharon Redd (1945–1992) Cantora norte-americana.

Scott Ross (1951–1989) Músico norte-americano.

Frankie Ruiz (1958–1998) Cantor porto-riquenho.

Arthur Russell (1951–1992) Músico norte-americano. .

Renato Russo (1960–1996).

Jermaine Stewart (1957–1997) Cantor norte-americano.

Sylvester (1944–1988) Músico e performer norte-americano da era disco (famoso).

Umanji (c. 1968–2008) Músico sul-africano.

António Variações (1944–1984) Músico português.

Ricky Wilson (1953–1985) Guitarrista norte-americano e membro original do The B-52's (ô bandinha chata).

Zombo (1979–2008) Cantor sul-africano.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Pro dia nascer feliz

Booooooooom dia queridos leitores. Parecem que tem algumas músicas que simplesmente jogam a gente para cima. Acordei e estava zappeando as estações no meu rádio até pegar Pro dia nascer feliz acabando de começar. Fazia muito tempo que não ouvia a bela cançao desse playbozinho genial que é o Cazuza. E embora a música fale mais de insônia do que de uma noite bem dormida, o importante é o dia nascer feliz:


Pro Dia Nascer Feliz
Cazuza
Composição: Cazuza / Frejat

Todo dia a insônia me convence que o céu
Faz tudo ficar infinito
E que a solidão é pretensão de quem fica
Escondido fazendo fita
Todo dia tem a hora da sessão coruja
Só entende quem namora
Agora 'vão bora'
Estamos meu bem por um triz pro dia nascer feliz (2x)
O mundo acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
Essa é a vida que eu quis
O mundo inteiro acordar e a gente dormir
Todo dia é dia e tudo em nome do amor
Essa é a vida que eu quis
Procurando vaga uma hora aqui, a outra ali
No vai-e-vem dos teus quadris
Nadando contra a corrente só pra exercitar
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis
Pro dia nascer feliz (2x)
O mundo inteiro acordar e a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz (2x)
O mundo inteiro acordar e a gente dormir