Mostrando postagens com marcador falecimento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador falecimento. Mostrar todas as postagens

sábado, 30 de julho de 2011

For Amy - Para Amy - De Russel Brand

Hoje completa um mês do alardeado falecimento de amy winehouse. por maior que seja minha indignação com os exageros em torno do fato, verdade é que ela era um expoente, em tempos de indigentes musicais. E nada do que eu falar a respeito será tão interessante de ler como a homenagem feita por Russel Brand em seu site, traduzido aqui (e em diversos outros canais de comunicação):

"Quando você ama alguém que sofre da doença do vício você espera o telefonema. Haverá um telefonema.

A sincera esperança é que a ligação seja dos próprios viciados, dizendo que já se cansaram, que estão prontos para parar, pronto para tentar algo novo.

Porém, você teme a outra chamada, uma triste ligação noturna de um amigo ou parente dizendo que era tarde demais, ela se foi.

Conhecia Amy Winehouse há anos. Quando eu a conheci perto de Camden, ela circulava pelos bares do bairro com amigos em comum, a maioria dos quais eram de bandas Indie ou figuras locais.

Carl Barta me disse que Winehouse (como normalmente eu a chamava... é engraçado chamar uma garota pelo sobrenome) era uma cantora de jazz, o que me pareceu estranhamente diferente naquela multidão. Para mim, com meu conhecimento musical limitado, esta informação sobre Amy ia além de uma fronteira invisível de relevância. 'Cantora de Jazz? Ela deve ser algum tipo excêntrico', pensei. Conversei com ela mesmo assim, e afinal ela se mostrou uma menina doce e peculiar, mas acima de tudo vulnerável.

Eu havia acabado de sair da reabilitação e estava procurando avidamente uma mulher menos complicada, por isso, não refleti sobre o que agora é óbvio, que Winehouse e eu compartilhávamos a mesma aflição, a doença do vício.

Todos os viciados, independentemente da substância ou de seu status social, compartilham um consistente e óbvio sintoma: eles não estão muito presentes quando você conversa com eles. Eles se comunicam com você através de um véu quase imperceptível, mas que não dá para ignorar.

Quer seja um sem-teto te perturbando por alguns trocados, ou um cara que cheirou, ou um executivo “alto”, existe uma aura tóxica que impede a conexão.

Eles olham através de você para algum outro lugar onde gostariam de estar. A prioridade de todo viciado é anestesiar a dor de viver.

De vez em quanto eu trombava com Amy e ela estava de bom humor, então podíamos conversar e rir, ela era uma figura.

Então, ela se tornou muito famosa.

Não fui curioso o suficiente para fazer algo tão extremo como ouvir sua música ou ir a seus shows. Eu também estava ficando famoso e isso era uma experiência desgastante.

Foi quase que por casualidade que eu a vi cantar ao vivo uma vez.

Cheguei tarde e fui abrindo caminho pela audiência enquanto ouvia a impressionante ressonância de uma voz feminina.

Vi, então, Amy no palco com Paul Weller e sua banda e fiquei muito espantado.

O espanto que te domina quando você vê um gênio.

De sua estranha e delicada presença vinha aquela voz que parecia não sair dela, mas e algum outro lugar distante, da fonte da grandeza.

Uma voz cheia de tal poder e dor, que mesmo inteiramente humana, era conectada com o divino.

Meus ouvidos minha boca, meu coração e mente se abriram instantaneamente

Ela era um tremendo gênio.

Nos tornamos amigos e ela veio me ver nos meus programas de rádio e tevê.

Mas, então, Amy passou a ser definida por causa de seu vício.

Nossa mídia está mais interessada na tragédia do que no talento e começou a deixar de elogiá-la pelo dom, preferindo enfatizar sua queda.

As relações destrutivas, as sapatilhas cheias de sangue, shows cancelados.

Aos olhos do público, esse papo furado efêmero substituiu seu talento atemporal.

Nem todos de nós conhecemos pessoas com o incrível talento de Amy, mas todos nós conhecemos bêbados e junkies e todos precisam de ajuda para sair dessa.

Tudo o que precisam fazer é pegar o telefone e pedir ajuda. Ou não. De outra forma haverá uma ligação."


tradução: http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/russell-brand-escreve-artigo-comovente-sobre-amy-winehouse/2011/07/25-113719.html
original: http://www.russellbrand.tv/2011/07/for-amy/

sábado, 26 de junho de 2010

1 ano sem Michael Jackson

1 ano sem Michael Jackson. Completamos ontem o primeiro ciclo desde a transição do chamado Rei do Pop. Com direito a todos os chavões possíveis. Mas graças ao ufanismo causado pelo jogo do Brasil na Copa do Mundo, muitos sequer se deram conta. Uma pena. Mas ainda assim canais como Multishow passaram um dia de clipes, assim como a MTV que reprisou todos os progrmas que tinha, inclusive um com as 40 melhores músicas dele. Fico me perguntando quantos artistas podem ter um TOP 40 que ainda deixe de fora várias músicas conhecidas?

Triste ver na trajetória dele um eterno astro, um cantor como poucos, exímio dançarino, que faleceu tentando superar ao pior de todos adversários: sí mesmo. E foi derrotado. Derrota essa causada por uma rotina de treinos incessantes, remédios proibidos e um médico louco.

Mas se há algo de bom nessa derrota, foi a sua primeira oportunidade de descansar desde os 5 anos, quando toda essa loucura começou. Fico pensando o quanto é justo o mundo ter tido ele para sempre, sendo que ele nunca viveu. Será esse o preço da eternidade?

O vazio deixado por ele não ficou menor em um ano. A música não apresentou nenhuma novidade empolgante que faça sua perda menos colossal. E o trono, vago. E assim ficará por muito tempo. E enquanto estiver, seu espólio continua faturando alto, como o 1 bilhão de dólares faturado nesse ano.

Lembrar dos clássicos é fácil, mas gostaria de lembrar da música History, talvez a última de suas músicas realmente boa. Dançante, produzida, fala sobre escrever a própria história. Sobre deixar sua marca no mundo. Por isso escolho essa como a música do dia.

Mas existe algo que atenua sua ausência sim. É sua marca indelével. Em cada clipe, em cada coreografia, um pouco do garoto black and white. Digo garoto porque morreu garoto, pensando, falando, se portando como um. Mas ainda assim está presente em videoclipes de Lady Gaga, em produtores como Will.I.Am, na filantropia de Bono, em coreografias de todos.

Enquanto houver música, enquanto houver videoclips, enquanto existirem coreografias, e até no momento em que as pessoas continuarem imitando o moonwalk, Michael Jackson sempre estará presente entre nós.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

29 anos sem John Lennon

Dia 8 de dezembro de 1980. Um tiro dá fim à vida de John Lennon, líder dos beatles e figura controvertida. Um tiro desferido por um fã, que dizia que uma mensagem no livro o apanhador no campo de centeios havia mandado ele matar John. Em sua confusa idéia, esse fã sequer saiu do local do crime, sendo preso em flagrante e pedindo desculpas pelos transtornos que havia causado. Sentenciado à prisão perpétua, até hoje permanece em ala separada pelas ameças de morte que recebe.

Obviamente a data não me é significativa. Mas ao ver a MTV passando clipes dele sem parar, um mais chato que o outro, desconfiei do que poderia ser e fui me informar, achando que poderia interessar a uma meia dúzia dos meus fiéis leitores.

John foi um pilar dos Beatles, e formou com Paul McCartney (outro chato de galocha) uma grande parceria que deu luz à grandes sucessos dos garotos de liverpool. O Sucesso dos Beatles redefiniu o conceito de fama, até que ele disparou que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo. Acho que isso resume quem foi o cara.

Sem dúvida sua contribuição à música foi algo absolutamente relevante, porém sua carreira solo, pobre e monótona, com uma ou duas músicas decentes, foi encerrada muito antes do tiro fatal, quando conheceu uma das figuras mais malas sem alça que já andaram nesse mundinho: Yoko, a Ono que separou de vez o fabfour, após a morte do genial empresário da banda (esse era o gênio da parada toda).

Nessa época ele não queria saber de mais nada. Compunha algo chato, fazia manifestações políticas utópicas, e posava para fotos como se fosse um príncipe deposto, do lado da bossal amada.

Infelizmente, sei que a minha total recusa em adular esse ídolo de barro trará alguns comentários revoltosos e revoltados, sejam eles postados ou não, mas nunca achei que as características de alguém melhoravam com sua morte, e nem que esse cara tenha sido 10% de tudo que ouvi minha vida toda. Paciência.

E para honrar o cara, fiquem com IMAGINE