terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

The Fame - Lady Gaga

Bom dia queridos leitores.

Pois é, depois de várias pessoas me perguntando o que eu achava da tal da Lady Gaga, tive que me mover de meu confortável cinismo musical e ir atrás de algo pelo qual não dava nada. Que bom que fiz isso, pois além de superar um preconceito besta, tive a oportunidade de conhecer melhor esse som para poder falar sobre ele com alguma base.

Fame, o disco de estréia da midiática Lady Gaga foi o grande estouro de 2009, vendendo quase 10 milhões de cópia ao redor do mundo, o que em tempos de download, é algo impressionante.

Qual a razão de tanto sucesso? É simples (de explicar, e não de fazer). Gaga soube reunir o melhor das cantoras pop dos últimos 20 anos, sem, contudo, imitar ou se parecer com alguma delas em especial. Ouvindo seu som fica clara a influência de todas as divas que a precederam: Madonna, Britney, Beyonce, Fergie, Gwen Stefani, Cristina Aguilera. Ela soube pegar o melhor de todas elas para criar uma nova persona, estranha, única, muito bem produzida e assessorada (visual e sonoramente), e assim lançar algo novo, único, cheio de atitude, com musicalidade atual, seguindo as tendências mundiais, sem destoar do manual já consagrado do pop de sucesso, o que obviamente caiu do agrado popular, especialmente da faixa que mais consome esse tipo de produto, os teens.

Tudo isso perderia sua validade se ela não tivesse um mínimo de competência. Ao que parece, ela escreve as próprias canções, todas elas muito bem produzidas, nos mais diferentes estilos, de forma a se tornar agradável aos ouvidos mais ecléticos, uma vez que fame tem baladas, músicas de refrão repetitivo, piano pop, disco, guitarras de rock, ritmo bem dançante, enfim, tudo que o público jovem curte.

Esse é o resumo da ópera: Lady Gaga é extremamente competente naquilo que faz. Canta bem, compõe bem, sabe usar sua atitude para ganhar visibilidade e atenção, explorando a mídia a seu favor. E é a novidade, o que lhe ganha muitos pontos. Mas será que ela irá ter uma carreira meteórica ou seus próximos álbuns serão tão bem sucedidos quanto esse primeiro? Vale lembrar que o segundo álbum, Fame Monster, nada mais é que um re-lançamento do primeiro álbum, coisa de 45 dias depois, com oito faixas a mais e o primeiro disco de bônus. Coisa de marketeiro.

De qualquer forma, é um bom disco, recomendável mesmo, para deixar no carro, e ouvir em uma viagem ou em qualquer momento mais descontraído. Vamos torcer para que ela não se torne mais uma pobre menina rica, como a Britney, como já vem dando sinais....

E a música do dia é Papapa-paparazzi.

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