terça-feira, 20 de outubro de 2009

The Resistance - Muse

Estou devendo essa análise há um bom tempo, e a razão é simples. Não só foi um grande amigo e entendedor de música que sugeriu, como também é um álbum que foge do comum e foi um desafio para resenhar. Enfim, chega de lenga lenga e vamos ao que interessa.

Lançado em 2009, The Resistance é o quinto álbum do Muse, e o mais eclético da banda queridinha da Stephanie Myer, a autora dos vampiros-emos de crepúsculo. Entender o grau de ecletismo desse álbum é realmente difícil, só ouvindo mesmo. Mas para tentar explicar, brinquei de livre associação com cada uma das músicas, remetendo as mesmas a outras bandas marcantes em seus estilos musicais. Vejamos:

1) "Uprising" – 5:02: Referência: Claire de Lune, de Debussy! Quase inteira só musicada.

2)"Resistance" – 5:46: Referência: A irreverência do Panic at the Disco! com traços de marylin manson.

3)"Undisclosed Desires" – 3:56: Referência: Uma pegada evanescence melhorada, com ótima batera.

4)"United States of Eurasia (+Collateral Damage)" – 5:47: Referência: Estilo cool down, com traços de failure, lembra os anos 80. Importante frisar os trechos de chopin aqui, Nocturne em E maior.

5)"Guiding Light" – 4:13: Referência: Opera Rock total. Impossível não lembrar de queen e seu épico Bohemian Rapsody.

6)"Unnatural Selection" – 6:54: Referência: algo de u2.

7)"MK Ultra" – 4:06: Referência múltipla: Phantom of the Opera, ARctic Monkeys e System of a Down.

8)"I Belong to You (+Mon cœur s'ouvre à ta voix)" – 5:38: Referência: Música francesa contemporânea.

9)"Exogenesis: Symphony Part 1 (Overture)" – 4:18: Referência: Referência: o negativismo orquestrado de maroon 5.

10)"Exogenesis: Symphony Part 2 (Cross-Pollination)" – 3:56: Referência: Algo perdido nas trilhas sonoras de Casablanca e Matrix.

11)"Exogenesis: Symphony Part 3 (Redemption)" – 4:37: Referência: Tango.

Deu para ficar claro que se trata de uma viagem musical. Embora a revista Rolling Stone tenha criticado o que classificou de cópia barata e sem vergonha de queen e radiohead, eu realmente gostei de ver um trabalho ousar, trabalhando diversos estilos musicais distintos em uma única obra, de forma ousada e arrebatadora. é um disco que embora abuse de referências pop, não se resume a isso, sendo mais do que a soma de suas influências. Possivelmente não seja de agrado geral, mas há de agradar quem gosta da boa música em geral. Vale a pena baixar, e criar sua própria opinião, assim como fez Brian May, do queen, que adorou a ousadia e as influências de sua banda em um trabalho tão atual.

Música do dia: United States of Eurasia

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