Esse é o título do filme sobre Bob Dylan.
Peguei esse filme achando que eu entenderia melhor ele se assistisse. esse foi meu primeiro erro e a prova absoluta que nada entendo dele. Não sei se minha alma precisa envelhecer ou meu corpo se tornar mais jovem para que algo disso faça algum sentido.
Sem fazer nenhum sentido o filme está pausado, em 1:04:52, e escrevo sobre ele debaixo de um grande facho de luz do sol que entra pela janela de meu segundo quarto, meu quarto de bagunça, de computador, de música e de estudo. E ouço pássaros cantando. Não parece perdizes. Não parece são paulo. Não pareço eu escrevendo.
Mas como deu vontade de escrever. contar a todos coisa nenhuma. beber da mesma fonte que anos atrás me levou a ser poeta, me levou a terminar poesias e nunca concluir um conto. Começar um livro inacabado e publicar duas coletâneas.
Saceio minha vontade jorrando palavras que nascem de lugar nenhum. vontade de fazer amor sob esse faixo de sol, com a garota deitada em meu sofá. beber dessa luz que esquenta. encher todo meu corpo com essa fonte de energia. e purificá-la através do amor.
acho que o poeta nunca foi dormir. só encontrou outras formas de se manifestar. amando. sofrendo. advogando. discotecando. dormindo. viajando. poetando através de ações, movimento e estática.
não escrevo de domingo. de fato não estou escrevendo. estou simplismente transbordando as palavras, que vem com ordem e sentido próprios.
mas para aqueles que gostam de música, vejam o filme de dylan. e não se preocupem, que durante a semana, volta aquele que escreve só sobre música. como se música pudesse ser somente algo.
música do dia: I want You - Bob Dylan
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