quarta-feira, 11 de maio de 2011

30 Anos sem Bob Marley

Em 11 de maio de 1981 morria aos 36 anos Robert Nesta Marley. Mas seu legado permanece mais vivo do que nunca. Além de ter atingido a máxima expressão musical do Reggae, popularizando o som da Jamaica pelo mundo afora, ele também foi responsável por hastear e defender algumas bandeiras ideológicas, em especial a do Movimento Rastafari: movimento ideológico-religioso criado na década de 20 que prega a irmandade, a comunhão com a natureza, a força dos africanos e o uso da Mac, com base em interpretações próprias da Biblia cristã, tem em Jah seu Deus, lembrando que ele dizia que se Deus (Jah) criou a Mac, ela não podia ser do mal, e era usada para fins religiosos e ritualísticos. Os rastafáris usam Dreadlocks (cabelos trançados em tufos enrolados) como afirmação de sua crença, e rápida identificação com o público do reggae por serem a marca Registrada de Bob Marley.

Musicalmente, Bob Marley foi único. Poucos estilos musicais podem ser simbolizados por uma única pessoa como o Reggae. Durante quase 20 anos de carreira, ele foi o Reggae e o Reggae foi ele. E suas músicas se espalharam, ganhando outros ritmos e até outros formatos, como a poesia. Clapton tornou famosa I Shot the sheriff, e chegou a viajar para a Jamaica para gravar lá, ficando impressionado com o uso constante da Mac, não com fins alucinógenos, mas sim sociais, condizentes com o que é pregado no som reggae, lento e reflexivo.

Legend certamente é o álbum mais importante de Bob e um dos marcos do Reggae, e até hoje surpreende pela sua atualidade e qualidade. É quase um Best-Of, sinal da força do músico. Para citar alguns dos clássicos do reggae-man, temos I shot the sherrif, no woman no cry, baby i Love your way, buffalo soldier, could you be loved, everythings gonna be alright, is this Love, jammin, knocking on heavens door, one Love, redemption song, entre tantas outras....ufa!

Percebe-se claramente nas suas músicas, um discurso de paz, amor e liberdade. Não por acaso as suas canções se tornaram, gradativamente, hinos de liberdade, usados em movimentos e filmes. E é fácil entender porque, basta ver a letra de Redemption Song e One Love.

O engraçado que sempre tive preconceito por conta da indissociável apologia das drogas e da sujeira da figura, mas vendo o filme Eu sou a Lenda, o protagonista fala das letras, que acabam fazendo parte da trilha, e essa contextualização foi suficiente para causar uma curiosidade maior do que o preconceito. E desde então Legend figura entre meus 10 álbuns favoritos, sempre me acompanhando em viagens para a praia ou quando preciso relaxar.

Música do dia: Redemption Song

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