sábado, 8 de agosto de 2009

um dia de sol ou menino da porteira

Queridos, leitores, que lindo dia de sol tivemos hoje em sampa. tão belo que nem deu para ficar em casa. a alegria de todos era tanto, que havia sorrisos nos motoristas dos carros, nos transeuntes nas ruas, nos passageiros no onibus. e para coroar o dia, o momento mais alegre e musical foi um mendigo/bebado/louco cantando menino da porteira, um clássico do cancioneiro nacional, que está na memória coletiva de todo brasileiro, de autoria de Sergio Reis, que segue abaixo:

MENINO DA PORTEIRA

Toda vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abrir a porteira
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava
E a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
Ele saia pulando
Obrigado boiadeiro
Que Deus vá lhe acompanhando
Por este sertão afora
Meu berrante ia tocando
Nos caminhos desta vida
Muito espinho eu encontrei
Mas nenhum caso mais triste
Do que este eu passei
Na minha viagem de volta
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
O menino não avistei
Apeei do meu cavalo
Num ranchinho à beira chão
Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde
Veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho
Foi um boi sem coração
Lá pra banda de Ouro Fino
Levando gado selvagem
Quando passo na porteira
Até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste
Mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
Desejando me boa viagem
A cruzinha do estradão
Do meu pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure
Que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão
Berrante eu não toco mais
Toda vez que eu viajava
Pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava
A figura de um menino
Que corria abrir a porteira
Depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço
Que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava
E a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda
Ele saia pulando
Obrigado boiadeiro
Que Deus vá lhe acompanhando
Por este sertão afora
Meu berrante ia tocando
Nos caminhos desta vida
Muito espinho eu encontrei
Mas nenhum caso mais triste
Do que este eu passei
Na minha viagem de volta
Qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada
O menino não avistei
Apeei do meu cavalo
Num ranchinho à beira chão
Vi uma mulher chorando
Quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde
Veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho
Foi um boi sem coração
Lá pra banda de Ouro Fino
Levando gado selvagem
Quando passo na porteira
Até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste
Mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
Desejando me boa viagem
A cruzinha do estradão
Do meu pensamento não sai
Eu já fiz um juramento
Que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure
Que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão
Berrante eu não toco mais


estrada de ouro fino

Nenhum comentário: