domingo, 23 de agosto de 2009

Piada: jurisdição do relacionamento

Já parou pra pensar sobre a jurisdição do relacionamento?!?... É puro
processo. Senão vejamos:

" Todo relacionamento traz embutido um processo de conhecimento, ao
qual se segue o processo de execução.
A doutrina da mocidade, então, inventou as medidas cautelares e a
Tutela antecipada. Afinal de contas, com o "fica", você já obtém
aquilo que conseguiria com o relacionamento principal, e, além do
mais, toma conhecimento de tudo o que possa acontecer no futuro, já
estando precavido.

Esse processo de conhecimento pode, de cara, ser extinto sem
julgamento de mérito, por carência de ação. Pior é o indeferimento da
inicial por inépcia.

E sem contar que na ausência do impulso oficial a coisa não vai pra frente.

Havendo ilegitimidade de parte, o que normalmente se constata apenas
na fase probatória; ou ainda, a impossibilidade do pedido, não tem
quem agüente.

E quando é o caso, ainda mais freqüente, de falta de interesse...aí paciência!

e ocorrer intervenção de terceiros, a coisa complica, pois amplia
objetiva e subjetivamente o campo do relacionamento, transformando-o
em questão prejudicial. Pois, como se sabe, todo litisconsórcio ativo
é facultativo, dependendo do grau de abertura e modernidade do
relacionamento.

É necessário estar sempre procedendo ao saneamento da relação, para se
manter a higidez das fases futuras.

É um procedimento especial, uma mescla entre processos civil e penal,
podendo seguir o rito ordinário, sumário, ou, até mesmo, o
sumaríssimo...dependendo da disposição de cada um.

A competência para dirimir conflitos é concorrente. E a regra é que se
busque sempre a transação.

Com o passar do tempo, depois de produzidas todas as provas de amor,
chega o momento das alegações finais... é o noivado! Este pode
acontecer por simples requerimento ou então por usucapião. Alguns
conseguem a prescrição nesta fase.

E na hora da sentença: "Eu vos declaro marido e mulher, até que a
morte os separe". Em outras palavras, está condenado à pena de prisão
perpétua.

São colocadas as algemas no dedo esquerdo de cada um, na presença de
todas as testemunhas de acusação.

E, de acordo com as regras de direito das coisas, "o acessório segue o
principal"... Casou, ganha uma sogra de presente. E neste caso
específico, ainda temos uma exceção, pois laços de afinidade não se
desfazem com o fim do casamento.

Mas essa sentença faz apenas coisa julgada formal. É possível revê-la
a qualquer tempo... Mas se for consensual, tem que esperar um ano,
apenas!
Talvez você consiga um "h a beas corpus" e... novamente a liberdade.
Como disse alguém que não me lembro agora, "o casamento é a única
prisão em que se ganha liberdade por mau comportamento".

Ah!!! Nesse caso você será condenado nas custas processuais e a uma
pena restritiva de direitos: prestação pecuniária ou perda de bens e
valores. "

2 comentários:

Camila Hungria disse...

gostei, é criação sua?

Benedito Villela disse...

infelizmente não, recebi por email