terça-feira, 30 de junho de 2009

o São João de Caruaru

Após ano passado visitar a Paraíba, sem contudo ter a chance de visitar o forró de Campina Grande, esse ano tive o prazer de visitar Caruaru, em Pernambuco, em pleno São João. Para aqueles que não sabem, Caruaru disputa com Campina Grande o título de maior forró do mundo.

Ao chegar na festança, surpresa: tinham várias estátuas e uma decoração que ocupava a cidade toda, contaminando cada esquina com aquele clima junino. O evento era dividido em 2 espaços oficiais: o arraial e o pátio do forró.

No arraial ficava a parte mais decorativa, com uma exposição sobre o mestre Vitalino (artesão de barro dos bonecos regionais), que completaria 100 anos este ano, e algumas barraquinhas que vendiam doces e salgados, além de tranqueirinhas (comprei uma gaita por 4 reais). Embora tenha encontrado chocolate quente, descobri que o quentão coisa do sul do país e ninguém por lá conhecia. No arraial encontrei um grande espaço para dança de quadrilhas, que infelizmente não estavam se apresentando, um palco para forró, sempre ocupado e animado, e vários stands de divulgação de patrocinadores e apoiadores, que davam brindes para algumas brincadeiras típicas.

Atravessando a rua, rumo ao pátio, não resisti e fui atirar com arminhas de chumbo para tentar ganhar prendas. Divertidíssimo, mas o máximo que consegui foi uma bala de goma já meio derretida. continuemos.

Chegando no pátio, um cangaceiro gigante nos recepcionava, enquanto passávamos por uma revista bem mais ou menos. lá era outro mundo. parecia um rodeio de tanta gente e tanta barraca, com vários tipos de comidas e mais ainda de bebidas. cachaça vendida em latinha, vários estudantes cabulando aula, e todos os jovens locais arrumados para a balada estavam por lá. Talvez tenha sido o lugar com mais gente bonita (e feia) que ví durante minha estada em Pernambuco, incluindo o Porto de Galinhas.

De impressionante mesmo o que ví foi o espaço de shows: dois palcos montados, um deles sempre com uma cortina preta, enquanto havia apresentação no outro: assim era possível a festa continuar sem fim, sem hora para acabar, e, o que é melhor, sem interrupção.

Uma bela decoração, camarotes, stands de patrocinadores master, meninas bonitas com as marcas do local, e muitos jovens, dançando, ou em rodinha. Mas me decepcionei com a música. Não era nem o forró universitário/pé de serra que eu conheço e gosto, do tipo falamansa, rastape, nem o clássico forró de dominguinhos e alceu valença que eu aprendi a admirar e gostar (embora apanhe para dançar). Eram músicos locais, com seus empresários locais, fazendo um som nem bom nem ruim, que não me deu a menor vontade de dançar.

Fui passear mais. Havia outro palco, que parecia pertencer à velha guarda do forró, sempre formado pelo trio Zabumba, Baião e Acordeon. Mais interessante. mas não era para mim.

Depois de algumas indas e vindas, a festa começou a murchar, e parece que só haviam restado bêbados e adolescentes hormonais indo à caça. uma pena, uma verdadeira pena. Daí achei melhor encerrar a noite.

De fato é uma festa imensa. mas não era meu tipo de festa. espero poder escrever sobre Campina Grande e tirar minha conclusão.

Música do dia: coração bobo - alceu valença

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