segunda-feira, 2 de março de 2009

A nostalgia e a música

As vezes todo mundo se pergunta por que o tempo passa. por que as coisas mudam. Ontem tive a chance de ver e ouvir um dvd do antigo Guns n Roses. Como eles eram fenomenais como banda. Axel não parecia um suíno doente e louco. Slash não era tão amargo e auto-centrado. Os outros mesmo não tinham as caras tão marcadas pelas drogas. E eles bons juntos. Algumas décadas depois Axel faz o pior disco da história do rock, chama Slash de cancer e o resto da banda de não-confiável, que tocam outra coisa que parece com o Guns em seus bons momentos, sem claramente ter deixado passar.

E na vida da gente não é o mesmo? As vezes certas fases, certas passagens, certas pessoas se tornam tão marcantes, tão únicas, que algo fica gravado na gente. E algo disperta em nós essas lembranças de outra vida, como digo. Falo que em outra vida eu era bom como solteiro, bom estudante, bom na sinuca, bom gravando cds todas as semanas. E triste é descobrir que é verdade, que se trata de outra vida, pois quando tentamos fazer a mesma coisa de antes as costas doem, a alma sofre, o corpo apela. e ainda assim a marca existe.

Dizem os sábios que devemos deixar para trás, mas porque é tão dificil? Axel manteve o nome da banda que lhe deu fama e fortuna, gastando 14 milhões de dólares em um verdadeiro lixo. Queen digeriu a morte do Mercury e voltou com Paul Rodgers. Michael Jackson sofreu um duro golpe ao ter que leiloar todos seus bens para pagar suas dívidias, até mesmo a luva que usou em thriller. O casal maluco de white stripes se separou maritalmente porém continuou como banda. até mesmo sandy e junior esperaram 20 anos para tentar fazer algo novo. Porque são tão poucos aqueles que se aventuraram em novos estilos, com sucesso como a Madonna ou com fracasso como o skank? O que é preciso fazer para mudar os rumos de nossa vida e nos fazer deixar nosso passado inteiramente para trás, tal qual os vikings que queimavam seus barcos ao chegar em território novo e inesplorado?

Será melhor sumir no auge, como os Beatles, ou se transformar e se renovar até se tornar irreconhecível como os Stones e Dylan?

Falando nos garotos de Liverpool, antes de sair de casa hoje estava tocando All Those Years Ago, a música do dia, solo de George Harrison, que eu sempre adorei, talvez por ser uma das músicas favoritas do meu pai, mas o clipe ví pela primeira vez e trazia imagem dos tempos de ouro do quarteto fantástico. Até agora to tentando entender o nó na minha garganta ao ver e ouvir essa música.

All Those Years Ago

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