sábado, 14 de junho de 2008

palavras do presidente

Corinthianos,
Sei que o fato de termos chegado tão próximos da conquista e perde-la é profundamente doloroso.
Sempre anunciamos que o nosso objetivo nesse ano de 2008 é a série B. E é mesmo. Mas, depois de chegarmos à final, não dá para dizer que o título da Copa do Brasil não se transformou, também, em um novo objetivo. Um clube do tamanho do Corinthians, ao chegar a uma decisão, não se contentará jamais com um vice-campeonato, ainda que este vice-campeonato represente uma extraordinária evolução do time, verificada em tão pouco tempo.
Por isto, fica, sim, a tristeza. Fica, sim, a frustração.
Todos estamos profundamente tristes. E estranho seria se não estivéssemos.
Está claro que o time ainda precisa crescer. Está claro que precisamos, todos nós, diretoria, comissão técnica e atletas, trabalharmos ainda mais.
Mas, por outro lado, ainda que com os olhos cheios de lágrimas, não podemos deixar de enxergar que estamos andando para cima, subindo degrau por degrau.
Assim como a vitória não poderia exercer a falsa ilusão de que todos os problemas foram resolvidos, escondendo os vícios que precisam ser corrigidos, a derrota não pode fazer parecer que tudo está ruim, destruindo os acertos.
Negar que as lágrimas da perda de um título são diferentes das lágrimas motivadas pelo deslocamento da equipe para série B é negar o óbvio. E, seguramente, não foi por obra do acaso que um time passou por tamanha transformação em tão pouco tempo.
Nesta hora difícil, é preciso serenidade. É preciso reflexão. Não podemos deixar que a emoção nos impeça de agir com a racionalidade necessária.
Afinal, mesmo reconhecendo que a equipe não atuou tão bem como vinha atuando; mesmo reconhecendo que o árbitro teve influência decisiva no resultado; mesmo lamentando os fatores extra-campo, capitaneados pela diretoria do nosso adversário; ainda assim, só perdemos o título por conta de um critério de desempate que, em verdade, não desempata o confronto mas que, por estar previsto no regulamento, não pode ser agora questionado.
A cabeça continua, como sempre esteve e sempre estará, erguida.
Externo meus profundos agradecimentos e minhas homenagens a todos os corinthianos do Brasil e, em especial, àqueles que puderam deixar seus afazeres e invadir a cidade do Recife. Só não dividimos o estádio por força de fatores notórios, alheios à nossa vontade. A necessidade inédita da instalação de um telão para que os Corinthianos assistissem a partida na capital pernambucana é um exemplo da nossa grandeza incomparável.
Esta mesma torcida, que jamais abandonará o time, a partir de amanhã voltará a mostrar todo seu amor, lotando o Pacaembu e exigindo de todos nós: não pára, não pára, não pára

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