segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Colunas e Coluna numero 1: ARCTIC MONKEYS

Caros Leitores:

Um tempo atrás, fui colunista de um website de conteúdos. Justamente na matéria de música. Escrevia sobre lançamentos e eventos musicais. Nunca recebi um tostão por isso. Mas ainda assim gostava do que fazia. Sem querer, minha coluna foi a mais lida e comentada por dois meses seguidos, passando até mesmo o povo profissional. E do nada, fui substituído por um dj famosinho, mas que nem é tudo isso, mas receberia muita grana para escrever no meu lugar. paciência. então, seguem minhas colunas, transcritas no original.

bjos e abs

Todos estão comentando. E como o próprio título diz: “Seja lá o que for que as pessoas estão dizendo que sou, é isso exatamente o que não sou.” Se a internet indica tendências, dizer que uma banda praticamente desconhecida é a recordista absoluta no número de downloads de álbuns é, no mínimo, supreendente. ARCTIC MONKEYS é o nome do fenômeno, que inclusive gerou comentários desgostosos de Noel Gallangher, líder e vocalista da banda Oásis, em sua insípida passagem pelo Brasil. Toda a mídia mundial especializada está descobrindo e comentando a banda britânica, que tem o disco de estréia mais comentado desde Nirvana. E o que eles têm de tão especial? Com títulos inexplicáveis (I Bet You Look Good On The Dancefloor) e letras que flertam com o nonsense, o sucesso começa a fazer sentido logo na primeira faixa, com um baixo espirituosamente ousado, um ritmo pegado e um vocal que acerta o ponto exato entre a acidez e a calmaria, com uma energia constante. O ouvinte pode até identificar uma vaga semelhança com o rock calminho dos Strokes logo temperado por toda acidez e ousadia do The Hives. Sem ser igual a nenhum dos dois, Arctic Monkeys é melhor do que a soma de ambos, cheirando a novidade, juventude e rock n roll em sua forma mais pura. Vale a ressalva, eles ainda são uma promessa. Promessa robusta e com fôlego, sem dúvida, mas ainda assim uma promessa. Precisam vender discos, fazer turnês, conquistar fans e críticos para escreverem seu nome na história da música. Mas o primeiro passo está dado; ousado e contagiante, “WHATEVER PEOPLE SAY I AM, THATS WHAT I´M NOT”, acaba em êxtase, deixando um gostinho de quero mais, que acaba inevitavelmente em mais um replay do álbum inteiro. Nada melhor do que uma banda revelação para estrear uma nova coluna.

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