Sim, esse é um post sobre Luan Santana. Não, o blogeiro não foi lobotomizado nem foi substituído por um clone do mal. Ainda sou eu, um pouco fora do meu nicho especializado de rock/pop/flashback/house.
O negócio começou assim: disseram que eu tava muito bitolado, e que deveria sair da minha zona de conforto. Falaram que escolheriam algo para eu ouvir e resenhar, sem trapacear nem fazer tipo. Se eu gostasse, falaria bem. E escolheram Luan Santana, e como eu tinha gostado da música dele com a ivete sangalo, quimica do amor, resolvi topar o desafio.
To de cara, de 2009 foi o álbum escolhido. Disco de estréia da sensação teen de 20 anos, ele foi gravado na estrada, durante vários shows, porque o cantor não tinha tempo de entrar em estúdio. Também pudera, ele fechou 2009 com 300 apresentações - média de 25 por mês. 5 dias de descanso no mês e descanso "naquelas", na estrada e em quartos de hotel.
O sucesso meteórico se deve não só ao claro talento com cantor, mas também à clara dedicação e um prazer que ele demonstra fazendo tudo isso, o que gera tremenda presença de palco e simpatia, que inclusive geraram bons contratos de licenciamento, além do contrato com a Som Livre.
Fama e fortuna já chegaram ao garoto de Campo Grande, que coleciona diversos prêmios com seus 3 álbuns, todos ao vivo, além de 2 dvds, contando com participações mais do que especiais, como aquela da Ivete Sangalo, que era um sonho dele. Aliás, as boas parcerias mostram que além de tudo ele está bem assessorado, já tendo cantado com Zezé de Camargo e Luciano, além da cantora Belinda, mirando agora um dueto com Joelma do Calypso.
Embora componha algumas canções, ele tem como compositores nomes consolidados do gênero, como Sorocaba, da dupla Fernando e Sorocaba, e interpreta grandes clássicos do cancioneiro brasileiro como Fio de Cabelo, brilhantemente executado.
Tentando entender o sucesso e o fenômeno, encontrei algumas razões: a princiapl delas é o fato de, sendo jovem, ele usa a linguagem dos jovens e traz elementos de outros gêneros musicais ao Sertanejo, revitalizando de tal forma o gênero, que criou um subtipo, o Sertanejo Universitário, o que tem o mérito de levar o som a outros públicos, que repudiam esse tipo de música pelo tom melancólico e saudosista cantado por pessoas mais velhas e tristes. As outras são o inegável talento, a dedicação e o carisma, que o tornam hoje o maior expoente da música nacional.
Suas cançõe são o extremo oposto: felizes, alegres, de bem com a vida, falam de amor e de coisas boas.
To de cara com o muleque, que de desconfiado me fez um simpatizante, quem sabe um dia um fã. Já posso dizer que prefiro mil vezes ouvir ele a restart ou qualquer daquelas bandinhas fakes. Finalmente algo que valha a pena ouvir em terras tupiniquins.
Música do dia: Tô de cara!
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