domingo, 27 de março de 2011

Show do Iron Maiden em Sampa - 26 de março de 2011


O Iron Maiden estava com vontade de tocar na agradável noite de ontem em São Paulo. Para se entender o que quer dizer com vontade, é o seguinte: Adiantaram o início do show da tour final frontier em meia hora e nem esperaram a galera pedir pelo Bis, entraram menos de 5 minutos após o fim do primeiro bloco, e completaram 2 horas de show com muito gás.

Com mais de 35 anos de estrada, a pegada dos caras é impressionante. Acho que nunca vi uma banda tocar com tanto tesão, e vale dizer, não sou um fan, mas aprecio o som deles. E quando não se é fan, achar um show espetacular tem muito mais crédito. Se não acredita em mim, pergunte para qualquer outro dos 55 mil fanáticos presentes. Digo fanáticos, porque deram um show a parte: me senti em um teatro de 55 mil atores, que sabiam sua deixa para cantar, para pular, para gritar, para coreografar. Nunca vi uma platéia tão alucinadamente fiel, uniformizada, treinada e motivada. Animal.

A energia e técnica dos veteranos do heavy metal foi admirável por sí só, o que dirá se comparada com shows dos mais novos. E ainda tive o prazer de ter um grande amigo ao lado, me contando fatos divertidos e trivias do show e da banda.

Outra coisa que chamou a atenção foi ver uma banda fazer um show quase inteiro com base no último álbum, the final frontier, e ainda assim manter todo o público de pé, cantando como se aquelas músicas fossem todas grandes hits (se quiser lembrar do álbum, leia a resenha aqui: http://djbenenabalada.blogspot.com/2010/11/fronteira-final-do-iron-final-frontier.html). Não vi nenhum desses shows qualquer artista emplacar tanto seu último trabalho como o Iron ontem

E a frase último trabalho pode conter outro significado: muitos indícios dão a entender que esse pode ter sido o show de sua turnê derradeira, de despedida. Esperamos que não, mas respeitamos que sim. Até porque como foi dito em post sobre o show dos scorpions, estão se criando mais vazios do que os superficiais músicos atuais podem preencher.

Mas por mais que essa tenha sido a fronteira final, Bruce Dickinson, Steve Harris e companhia não nos deixaram com medo do escuro, pois iluminaram, junto com os celulares e isqueiros de toda uma legião insandecida de fãs todo o estádio durante a apoteótica execução de Fear of the Dark e 666 - the number of the beast! Valeu muito.

Música da noite: Fear of the Dark

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