terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Imelda May

muito tempo se passou. e uma garrafa na metade de malbec a tv sintonizada no canal bizz me trouxeram de volta.

começo a ouvir um som que parece com nada que ouvi antes. nessa altura do campeonato isso significa algo. algo novo. algo puro. comecei a prestar atenção. uma voz poderosa, mas parecida com nada que até então que eu tinha ouvido começou a embalar um festival de interior de algum canto do mundo, no qual aos poucos as pessoas cediam ao som contagiante. tal qual este humilde narrador. mais tarde vim a descobrir que a sereia que me encantava chamava-se Imelda May, uma cantora irlandesa de seus 39 anos.

tal qual a canção Mayhem, Imelda May causou um caos em meu espírito e me fez voltar depois de mais de um ano a escrever. sem jeito. sem prática. sem propósito. como sua música. Sustentada por uma big band por trás, nota a nota Imelda May foi conquistando meu interesse. Seria ela um misto de amy winehouse, com um penteado de Adele? Seria ela a new big singer? não sei. mas o violão cello me conquistou. sua voz doce, com uma nota de nostalgia foi arrebatando minha atenção, minha alma, meu coração.

nenhuma pesquisa feita, nada aprendido. a não ser o prazer em ouvir sua voz agridoce, que me brindou por fim com a melhor versão que já ouvi até então de tainted love, música já interpretada por softcell, new order e tantas outras bandas, que encontrou por fim sua versão definitiva. nunca os metais fizeram tanto sentido. o cello de new orleans harmonizado com a guitarra do tenesse. e a voz dos Deuses.

perdoem a rudeza do retorno. aos trancos e barrancos. prometo que as próximas serão melhores. mais estruturadas. mas essa precisava ser pura. como a voz e o som de Imelda May. Obrigado